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A importância da renda fixa numa carteira de longo prazo 

Descubra como a renda fixa traz previsibilidade e segurança à sua carteira de longo prazo, ajudando a equilibrar riscos e retornos.

22 nov 2024

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3 MIN DE LEITURA

Por Geraldo Búrigo, Senior Analyst da Investo

Dentro do conceito de diversificação e gerenciamento de risco, a renda fixa desempenha um papel importante na construção de uma carteira de longo prazo.  Sua principal característica é oferecer previsibilidade ao investidor, tanto em relação aos retornos quanto à volatilidade. 

Ao investir em um título de renda fixa, o investidor tem acesso a informações claras sobre a taxa de retorno, a forma de remuneração e o prazo que deve permanecer investido.  

O que não ocorre na renda variável, ao comprar as ações de uma empresa você não tem nenhuma previsibilidade, você tem apenas uma expectativa de que aquele negócio poderá entregar bons retornos no futuro. 

É assim que o mercado financeiro funciona: de um lado, a renda fixa oferece mais segurança e estabilidade; do outro, a renda variável apresenta maiores expectativas de retorno, porém com muito mais risco. 

Ter uma carteira alinhada ao seu objetivo e perfil de risco é fundamental. Por isso, combinar essas duas classes de ativos é o melhor que o investidor pode fazer ao construir uma carteira de longo prazo. 

Emocional

O sucesso dos seus investimentos está muito mais relacionado à sua capacidade de se manter investido do que em tentar prever os movimentos do mercado. Nesse sentido, a renda fixa desempenha um papel essencial, proporcionando equilíbrio e estabilidade para sua carteira. 

Muitos acreditam serem investidores agressivos até enfrentarem a primeira queda ou o primeiro período de baixa – o chamado bear market. Uma carteira bem diversificada, principalmente com renda fixa, ajuda a manter a calma e a atravessar esses momentos sem desistir. 

Embora não seja possível prever os retornos, é certo que crises ocorrerão, ainda que não se saiba quando. Estar preparado para essas situações não significa investir em produtos caros ou complexos, mas sim ter uma carteira alinhada aos seus objetivos e, sobretudo, ao seu perfil de risco. 

A renda fixa, embora possa não oferecer os maiores retornos em determinados períodos, será a responsável por garantir o melhor resultado no longo prazo, pois ajudará você a se manter investido e comprometido com sua estratégia, mesmo nos piores momentos. 

Processo

Definir se um fundo ou um ativo é adequado ao seu perfil com base apenas na rentabilidade é um dos principais erros que um investidor pode cometer.  

Investir é um processo, mais importante do que olhar para os retornos é entender como esses resultados foram alcançados, quais riscos foram assumidos e como foi o caminho percorrido para chegar até eles. 

No gráfico abaixo, é possível observar o desempenho de um fundo global de ações, um fundo de renda fixa e uma carteira composta por 50% de cada um desses fundos. 

Desde 2008 os portfólios apresentaram os seguintes retornos: 

  • Fundo global de ações – 1125% 
  • Fundo de renda fixa – 498% 
  • Carteira 50% – 840% 


Com base apenas nos retornos apresentados, o investidor pode se perguntar: Por que eu adicionaria 50% de renda fixa à minha carteira, se ela teve o pior desempenho no período? 

No entanto, essa não é a pergunta correta. O investidor deveria, na verdade, questionar: Quais foram os riscos assumidos e como foi o processo para o fundo alcançar esse retorno? 

O gráfico, abaixo, mostra a profundidade e a duração das principais quedas nos três portfólios. É possível observar que o processo não foi fácil, com o fundo global de ações registrando quedas significativas, chegando a quase 30%.  

Você teria conseguido manter seu investimento ou teria desistido? 

 

Na tabela abaixo, é possível ver com mais detalhes os três piores períodos da carteira diversificada e do fundo global de ações, com base no tempo que cada um levou para superar um antigo topo. O fundo global de ações demorou muito mais tempo para se recuperar, o pior período foi quase 3 anos.  

Novamente, será que você teria suportado esses períodos? 

Ao avaliar não apenas a rentabilidade, mas também outras métricas que refletem como foram esses 16 anos, fica claro que, sem um perfil arrojado, o investidor provavelmente teria desistido no meio do caminho. 

A volatilidade do fundo global de ações foi o dobro, e sua pior queda foi duas vezes maior. Por isso, ao analisar a métrica de Sharpe Ratio, que avalia não apenas a rentabilidade, mas também a volatilidade, fica claro que a carteira diversificada oferece uma melhor relação entre risco e retorno. 

Isso, consequentemente, teria aumentado suas chances de permanecer investido durante todo o período. 

 

Conclusão

Não é porque as ações possuem uma maior expectativa de retorno que o investidor deve, necessariamente, ter uma carteira extremamente agressiva com 100% em renda variável. Não subestime seu emocional. Focar apenas na rentabilidade não conta toda a história de um ativo.  

Crises acontecem, e períodos de baixa são inevitáveis. Embora esses momentos sejam, geralmente, os melhores para manter a regularidade dos aportes, eles costumam ser os mais difíceis emocionalmente. 

Por isso, é preferível pecar um pouco pelo lado do conservadorismo do que se considerar um investidor agressivo e acabar desistindo no meio do caminho. A renda fixa desempenha um papel fundamental, ajudando você a se manter investido nos piores momentos. 

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