A decisão de investir em ETFs (exchange traded funds) ou fundos de índice pode proporcionar uma série de benefícios. Porém, antes de destinar qualquer quantia a esse investimento, é essencial compreendê-lo bem. Dessa forma, você poderá fazer escolhas mais adequadas para o seu portfólio.
Nesse contexto, saber como analisar um ETF é fundamental. Tendo esse conhecimento, será mais fácil identificar quais são os fundos de índice mais atrativos e quais oferecem as melhores oportunidades.
Quer aprender a analisar um ETF na prática e entender melhor as vantagens desse tipo de investimento? Basta continuar acompanhando as informações deste artigo!
Os exchange traded funds podem oferecer diversos benefícios aos investidores. A seguir, conheça em detalhes os principais pontos positivos!
Uma das principais vantagens de alocar recursos em ETFs refere-se à diversificação. Isso porque esse tipo de investimento pode ser composto por diferentes ativos, conforme o índice replicado. Ele pode envolver títulos de renda fixa, ações, commodities, moedas etc.
Desse modo, com uma única cota de ETF, há chances de ter acesso a uma carteira formada por diferentes investimentos. Essa característica é interessante em termos de diversificação, ajudando a diluir riscos e a potencializar ganhos.
Veja, por exemplo, o ETF WRLD11, da Investo. Esse fundo tem exposição global, com 60% do portfólio relacionado aos Estados Unidos, 16% à Europa, 11% à Ásia-Pacífico, entre outras regiões. Ainda, a sua carteira é distribuída em diferentes segmentos, como:
Assim, ele oferece uma diversificação geográfica, setorial e cambial. Abaixo, confira o desempenho desse ETF do período de 2012 a agosto de 2023:
Como você pode ver, a diversificação tem contribuído não apenas para a redução de riscos, como também para ganhos acima do Ibovespa. Mesmo que um ativo específico apresente um desempenho negativo na carteira do ETF, seu impacto tende a ser atenuado pela presença de outros investimentos.
Outro benefício de investir em um ETF diz respeito à facilidade para incluir o fundo no seu portfólio — em especial, se você já investe na bolsa de valores. Isso porque o processo é o mesmo para fazer aportes em ações, FIIs (fundos imobiliários) e outros investimentos disponíveis na B3, a bolsa brasileira.
Para investir em um ETF, basta ter uma conta em uma instituição financeira, acessar o home broker e digitar o código do fundo que deseja investir. Depois, é só informar o preço a pagar pela cota e a quantidade que deseja adquirir.
Além da diversificação e da facilidade para investir, outra vantagem dos ETFs é o seu preço. Na renda fixa, por exemplo, existem aplicações em que o investimento mínimo é de R$ 1.000, R$ 5.000 ou mais.
Já em relação aos ETFs, esse custo geralmente é mais baixo. Na prática, é possível investir a partir de apenas uma cota, cujo valor varia entre as alternativas disponíveis.
Por fim, outro aspecto que vale ser ressaltado sobre os ETFs refere-se à rentabilidade. Isso porque, devido às suas características, esse investimento pode oferecer retornos atrativos — inclusive mais altos que outros fundos.
Veja esse exemplo do ETF NTNS11, que investe em títulos públicos de renda fixa atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo):
Note que em sua performance acumulada, o NTNS11 tem superado a taxa DI (Depósito Interbancário) e o próprio IPCA. Porém, vale lembrar que o ETF é um investimento de renda variável, se expondo também às oscilações da bolsa, o que pode afetar os resultados.
Como você viu, existem diversas vantagens ao investir em fundos de índice. Mas, afinal, como analisar um ETF para incluir no seu portfólio de investimentos? Para esse propósito, é essencial considerar aspectos relevantes.
Conheça cada um deles a seguir!
Antes de fazer qualquer aporte em ETFs, avalie se o investimento é adequado ao seu perfil de investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado. A análise serve para verificar se os ETFs fazem sentido para o seu grau de tolerância ao risco.
Nessa mesma linha, considere os seus objetivos financeiros e antes de investir em ETFs. Geralmente, os fundos de índice são mais adequados para metas de longo prazo, sendo necessário verificar se eles podem ajudar sua estratégia.
Outro aspecto essencial de como analisar um ETF diz respeito à composição do investimento. Antes de investir em fundos de índice, avalie como é a sua carteira, buscando compreender quais ativos fazem parte dele.
Alguns ETFs podem ter um percentual maior de investimentos em renda variável, outros podem focar em renda fixa. Ademais, alguns podem estar ligados a ativos disponíveis no Brasil, já outros têm exposição ao exterior. Ainda, eles podem se concentrar em um setor específico ou ser mais abrangentes.
Sendo assim, faça uma boa análise do ETF, entendendo suas características, objetivos, estratégias e riscos. Verifique também qual índice ele visa acompanhar ou superar. Normalmente, essas informações são disponibilizadas na lâmina do fundo, um documento fornecido pela gestora.
A avaliação da liquidez de um ETF é outro ponto relevante ao considerar a inclusão desse investimento em seu portfólio. Essa característica está relacionada à facilidade de compra e venda de um ativo no mercado financeiro.
No caso do ETF, essa qualidade se relaciona à facilidade para se desfazer das cotas. Quanto maior a liquidez do fundo, mais rápido e fácil tende a ser para adquirir a cota ou se desfazer dela, caso seja o seu interesse.
Para verificar a liquidez de um fundo de índice, observe o seu volume de negociação. Esse número é obtido a partir do número de cotas que são compradas e vendidas, em média, diariamente. Além desse ponto, veja quantos cotistas o ETF possui e qual o seu patrimônio líquido.
Pode ser válido optar por ETFs com uma liquidez mais alta, pois essa característica gera mais segurança. Quando ela é muito baixa, o risco é maior, pois você pode ter dificuldades para se desfazer do ativo e reaver seu dinheiro.
Ainda, é válido mencionar que a liquidez pode variar ao longo do tempo. Portanto, é indicado monitorar essa questão com certa periodicidade, como parte da sua estratégia.
Além dos pontos anteriores, é fundamental avaliar o potencial de retorno oferecido pelo ETF antes de investir nele. Afinal, ele deve ser alinhado com seu perfil de investidor e colaborar com a realização das suas metas.
Por serem investimentos de renda variável, os ETFs envolvem mais riscos. Por isso, é comum que os investidores busquem alternativas que possam oferecer um retorno superior ao de aplicações de renda fixa, como forma de compensar o risco assumido.
Se um título de renda fixa estiver pagando, por exemplo, 8% ao ano, faz sentido buscar um ETF que ofereça um potencial superior a esse desempenho. No entanto, os retornos na renda variável não são fixos ou garantidos, já que há exposição às oscilações da bolsa de valores.
Também é preciso ter em mente que o desempenho passado não garante o retorno futuro. Ainda assim, a avaliação da performance histórica do ETF e do índice de referência pode ajudá-lo a entender as perspectivas para o veículo em questão.
Nesse sentido, vale complementar a sua análise com informações aprofundadas sobre o índice que o ETF acompanha. Compare-o com a performance do ativo que você está considerando investir e avalie se ele tem sido bem-sucedido na sua estratégia ou não.
Aproveite o processo e compare o desempenho do ETF com o de outros fundos de índice que possuem o mesmo propósito. Existem casos em que há mais de um índice ligado a determinado setor ou ativo, então podem existir fundos distintos que podem dar a exposição desejada.
Aqui, não se esqueça de estudar com mais profundidade tanto os índices quanto os fundos de índice, a fim de identificar qual oferece uma estratégia mais alinhada com seus objetivos. Em todos os casos, lembre-se de que rentabilidade não deve ser o único motivo para escolher um ETF. Como você já viu, há outros aspectos que devem ser avaliados e ponderados para essa decisão.
Por último, saber como analisar um ETF envolve verificar qual é a taxa de administração cobrada pelo fundo. Esse encargo serve para remunerar o trabalho de gestão e administração, sendo cobrado em um valor anual sobre o patrimônio investido.
O ideal é que essa taxa não seja tão elevada para que, assim, o seu retorno líquido com o investimento seja menos afetado — mantendo maior proximidade com o desempenho do índice.
Além dessa cobrança, é válido verificar se a instituição financeira prevê algum tipo de taxa de corretagem para comprar ou vender cotas de ETF. Como nem todas fazem essa cobrança, é interessante averiguar essa questão para não pagar encargos de forma desnecessária.
Entendeu como analisar um ETF antes de investir? Como você viu ao longo do artigo, existem pontos relevantes para avaliar e selecionar esse tipo de investimento. Portanto, considere-os para fazer boas escolhas para o seu portfólio.
Gostou do artigo? Quer colocar em prática o que aprendeu e começar a investir em fundos de índice? Conheça os ETFs da Investo!