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ETFs americanos: o que são e como acessá-los?

Entenda o que são essas alternativas e veja como adicioná-las à sua carteira!

10 jan 2025

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3 MIN DE LEITURA

Por Investo

Quem pretende expor o patrimônio a alternativas internacionais e aproveitar os resultados de economias mais fortes que a do Brasil precisa conhecer os ETFs americanos. Esses fundos podem proporcionar resultados distintos dos nacionais — auxiliando em diversas estratégias. 

Eles permitem investir em mercados globais, oferecendo acesso a setores, índices ou regiões específicas, sem a necessidade de adquirir ativos individuais. Mas tomar uma decisão consciente demanda conhecer as características desses veículos financeiros. 

Quer saber mais sobre os ETFs americanos e como acessá-los? Continue a leitura para conferir! 

O que são e como funcionam os ETFs americanos? 

ETF é a sigla para exchange traded fund, um tipo de fundo de investimento, traduzido como fundo negociado em bolsa. A modalidade surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 e se popularizou rapidamente, sendo adotada em outros países. 

O funcionamento do veículo é semelhante ao dos fundos de investimento tradicionais. Há uma carteira de ativos compartilhada e a gestão profissional, assim como a participação por meio da compra das cotas. 

No Brasil, a alternativa é conhecida por ter gestão passiva e acompanhar um índice de mercado, sendo chamada também de fundo de índice. Mas os ETFs de bolsas americanas podem ter uma gestão ativa ou passiva, além de não se limitarem a replicar um índice.  

Nesse sentido, os ETFs americanos são veículos atrelados a ativos dos Estados Unidos ou expostos a essa economia. Ainda, eles podem ser fundos negociados em bolsas dos EUA, como a New York Stock Exchange (NYSE) e a National Association of Securities Dealers Automated Quotations (Nasdaq).  

Logo, você consegue investir em ETFs brasileiros com exposição internacional ou em ETFs de bolsas americanas, por exemplo. 

Quais são os benefícios de investir em ETFs americanos? 

Agora que você sabe o que são os ETFs americanos, precisa conhecer as vantagens de adicionar as alternativas à carteira.  

Entenda os benefícios dessa escolha! 

Proteção da carteira 

A exposição de parte do patrimônio ao dólar é uma estratégia muito comum no mercado financeiro, já que os Estados Unidos são a maior economia mundial. Essa é uma moeda forte, que pode servir como reserva de valor em momentos de crise. 

Para entender a importância do dólar na economia mundial, vale a pena conferir os resultados do US Dollar Index, o índice DXY. Ele foi criado pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. 

O seu foco está em ser um parâmetro sobre o preço do dólar frente a outras moedas relevantes, como euro, iene e libra esterlina. Confira dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com a variação do DXY entre 2004 e 2024: 

Logo, a exposição à moeda americana é uma alternativa para se proteger de variações de ativos no mercado brasileiro. Dessa maneira, você tem parte dos seus recursos acompanhando o comportamento do dólar, o que pode compensar eventuais baixas no cenário local. 

Potencial de rentabilidade 

Além da proteção da carteira, a exposição da carteira ao dólar é uma forma de ampliar o potencial de rentabilidade. Ao investir em ETFs americanos, você tem a oportunidade de participar do crescimento de empresas e setores que lideram a economia global. 

Trata-se de ativos que tendem a apresentar retornos consistentes no longo prazo, refletindo o desempenho da economia americana e a inovação presente em seus mercados. 

Diversificação do investimento 

Os ETFs americanos também são possibilidades para a diversificação dos investimentos. As alternativas podem explorar diferentes ativos e índices dos Estados Unidos, seja na renda fixa ou na renda variável. 

Portanto, você se expõe a um comportamento distinto dos investimentos nacionais, com chance de beneficiar as estratégias e ajudar a equilibrar os resultados da carteira. Além disso, muitos ETFs americanos oferecem exposição a setores específicos, como tecnologia, saúde, energia limpa etc. 

Como resultado, você conta com uma ampla gama de possibilidades para a composição do seu portfólio e pode definir a estratégia mais conveniente para o seu perfil de investidor e objetivos. 

Praticidade para investir 

Investir em ETFs americanos é uma forma fácil de ter acesso a diferentes ativos sem precisar adquiri-los individualmente. Assim, além de simplificar a alocação, esse tipo de fundo de investimento reduz custos operacionais que ocorreriam no aporte direto em cada um dos ativos. 

Outro fator que reforça a praticidade é a gestão profissional, responsável por realizar as movimentações do veículo. Ainda, você viu que as negociações são feitas na bolsa de valores, como ocorre com as ações. 

No entanto, é necessário analisar a política, as estratégias e outras informações sobre o ETF na hora da escolha. Adicionalmente, você aprendeu que existem ETFs que alocam ativos americanos e são negociados na bolsa brasileira (B3). 

Desse modo, você consegue expor a sua carteira ao dólar sem precisar abrir uma conta internacional. Logo, a modalidade consiste em uma alternativa simples e menos burocrática para ter investimentos atrelados à moeda americana. 

Acessibilidade 

Por serem alternativas versáteis, os ETFs também são acessíveis. Você encontra cotas de fundos com diferentes preços, permitindo que eles se ajustem tanto a estratégias com recursos limitados quanto com montantes mais elevados. 

A característica fortalece a possibilidade de diversificação, pois você tem a oportunidade de expor uma parte do patrimônio aos ETFs, conforme as suas necessidades e objetivos. 

Liquidez 

A liquidez é outra vantagem associada aos ETFs, sejam eles atrelados ao mercado nacional ou internacional. A negociação em bolsa faz com que o investidor não precise aguardar as decisões do gestor ou momentos específicos para o resgate. 

Como resultado, você tem a liberdade de vender as suas cotas quando desejar, ajustando a sua carteira. O prazo de liquidação é de um dia útil em ETFs de renda fixa e de dois dias úteis naqueles que fazem parte da renda variável. 

E quais são os riscos da alternativa? 

Além de conhecer as vantagens de investir em ETFs americanos, você deve saber quais são os seus riscos. Dessa forma, é possível fazer uma análise mais completa e tomar decisões de investimento conscientes. 

Por terem cotas negociadas em bolsa de valores, esses veículos ficam sujeitos às variações do mercado. Eles podem ser afetados por ocorrências externas, principalmente relacionadas ao mercado dos Estados Unidos. 

Como você viu, o país tem uma economia forte, portanto, a tendência é que as alternativas atreladas a ele sejam mais resilientes. Mas os riscos ainda existem e devem ser considerados, especialmente por quem tem um perfil mais conservador. 

Além disso, como os ETFs estão vinculados a uma moeda diferente do real, existe o risco de câmbio, que significa que uma queda na cotação do dólar é capaz de impactar os seus resultados. Contudo, também existe a chance de a variação cambial ser vantajosa. 

Nesse sentido, como foi possível aprender, a oscilação na taxa de câmbio ajuda a ter os resultados do dólar na carteira. Então ela pode ser usada como estratégia de proteção cambial e diversificação do portfólio, com possibilidade de apresentar resultados positivos, principalmente no longo prazo.  

Como investir em ETFs americanos? 

Com a leitura até aqui, você tem informações suficientes para definir se os ETFs americanos são vantajosos para a sua estratégia. Agora é o momento de saber como se expor a essas alternativas, se elas forem adequadas aos seus objetivos financeiros. 

Uma opção é ter uma conta internacional e investir nos fundos negociados em bolsas dos Estados Unidos. Como visto, eles têm a liberdade de explorar diferentes estratégias, sendo versáteis. Contudo, esse é um caminho mais burocrático. 

A outra forma de ter acesso ao mercado do país via ETFs é por alternativas disponibilizadas na B3 atreladas ao mercado americano, como mencionado. 

Conheça exemplos — mas tenha em mente que não se trata de uma recomendação, já que a decisão de investimento depende da estratégia e do perfil de cada investidor! 

WRLD11 — economia global 

O ETF WRLD11 replica o Vanguard Total World Stock (ETF VT), listado na NYSE. Segundo dados de outubro de 2024, o ETF americano possuía um patrimônio de mais de US$ 40 bilhões, com investimentos em 9.891 empresas. 

O índice de referência é o FTSE Global All Cap Net TR US RIC, composto de large, mid e small caps de países tanto de países desenvolvidos quanto de emergentes ao redor de todo o mundo.  

Desse modo, o WRLD11 espelha um ETF negociado em uma bolsa dos Estados Unidos, mas que tem ativos de outras nações. Ele apresentava um patrimônio superior a R$ 377 milhões em 2024. 

ALUG11 — mercado imobiliário dos EUA 

O mercado imobiliário dos Estados Unidos é mundialmente conhecido por sua robustez e diversidade. Você pode ter acesso aos seus resultados por meio do ETF ALUG11, negociado na B3, que replica o Vanguard Real Estate (ETF VNQ) — listado na NYSE. 

Sua referência é o MSCI US IMI Real/Estate 25-50 NETR USD Index, cujo portfólio é composto por real estate investment trusts (REITs). Em outubro de 2024, o VQN possuía cerca de US$ 36 bilhões sob gestão, investindo em 154 empresas. Já o patrimônio do ALUG11 era superior a R$ 63 bilhões. 

USTK11 — tecnologia americana 

Quem deseja se expor a ETFs americanos setorizados adquirindo as cotas na B3 pode conhecer o USTK11, que espelha o Vanguard Information Technology (ETF VGT). Ele tem como referência o MSCI US Investable Market Information Technology 25-50 NETR USD Index — formado por pequenas, médias e grandes empresas estadunidenses de tecnologia. 

Assim como os demais que você conheceu, as cotas do VGT são negociadas na NYSE. Em outubro de 2024, ele tinha mais de US$ 77 bilhões sob gestão. Já o USTK11 contava com um patrimônio superior a R$ 61 milhões. 

SVAL11 — small cap value dos EUA 

Outra forma de investir em ETFs americanos pela B3 é por meio do SVAL11, que espelha o Vanguard S&P Small-Cap 600 Value (ETF VIOV). O fundo de referência replica o desempenho do índice S&P Small-Cap 600 Value, focado nas small caps dos Estados Unidos. 

Portanto, o VIOV acompanha os resultados de mais de 450 empresas de menor capitalização com características de valor. Conforme informações de setembro de 2024, ele tinha US$ 1,4 bilhão sob gestão. Já o SVAL11 apresentava um patrimônio superior a R$ 50 milhões. 

CHIP11 — semicondutores 

Se você pretende focar na crescente tecnologia da produção de chips e semicondutores pode contar com o ETF CHIP11, que replica o VanEck Semiconductor ETF (ETF SMH). A alternativa está listada na Nasdaq e espelha o MVIS® US Listed Semiconductor 25 Index. 

O índice reflete os resultados das 25 maiores e mais líquidas empresas de semicondutores listadas nas bolsas americanas. 

Em outubro de 2024, o SMH tinha U$ 20 bilhões sob gestão, com um portfólio composto por empresas diretamente ligadas ao setor. Já o ETF CHIP11, listado na B3, apresentava um patrimônio superior a R$ 8 milhões. 

BTEK11 — biotecnologia 

O setor de biotecnologia dos Estados Unidos apresenta uma ascensão, com foco nas soluções em saúde. Uma alternativa para se expor ao segmento pela B3 é o ETF BTEK11, que espelha o S&P Biotechnology Select Industry Index (ETF BXI), listado na NYSE. 

Sua referência é o S&P Biotechnology Select Industry Index (Net TR), índice composto por companhias americanas de biotecnologia. Conforme dados de novembro de 2024, o BXI tinha US$ 7,2 bilhões sob gestão. Já o BTEK11 apresentava um patrimônio superior a R$ 4 milhões.  

PEVC11 — private equity 

O ETF PEVC11 replica o desempenho do índice BlueStar Top 10 US Listed Alternative Asset Managers Index (BUALT). Ele representa a performance das 10 gestoras de ativos alternativos da bolsa dos Estados Unidos com maior representatividade e liquidez. 

Assim, o índice inclui as principais gestoras do setor de private equity, como a Carlyle e a Blackstone. Em novembro de 2024, o patrimônio do PEVC11 ultrapassava os R$ 6 milhões. 

USDB11 — renda fixa dos EUA 

Por fim, vale a pena conhecer o USDB11, o ETF que investe no Vanguard Total Bond Market (ETF BND). O BND tem como referência o Bloomberg US Aggregate Bond Float Adjusted (Net TR) Index, índice que tem foco no mercado de títulos de renda fixa dos Estados Unidos, com prazo intermediário. 

Pelos dados de setembro de 2024, o fundo espelhado contava com mais de 10 mil títulos com maturidade acima de um ano e tinha mais de US$ 340 bilhões sob gestão. Por sua vez, o USDB11 tinha um patrimônio superior a R$ 43 milhões.  

Neste artigo, você conheceu mais sobre os ETFs americanos, além de ter visto alternativas para se expor a esses veículos pela B3. Verifique se algum dos fundos apresentados atende às suas expectativas de investimento e componha uma carteira eficiente. 

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