A renda fixa é tradicionalmente conhecida pelo investidor brasileiro como uma opção de investimento segura, previsível e menos arriscada quando comparada a outras classes de ativos. Grande parte dos investidores buscam essa exposição através de títulos individuais que são disponibilizados nas prateleiras de bancos e corretoras.
Os títulos de renda fixa mais utilizados e conhecidos pelos brasileiros podem ser divididos em 3 principais grupos:
O que diferencia principalmente esses 3 grupos é o risco envolvido, ou mais precisamente o risco de crédito. Ele precifica o risco de o investidor acabar não recebendo de volta o dinheiro que foi investido.
Títulos Públicos estão na categoria dos menos arriscados, por serem garantidos pelo emissor da moeda. Na sequência estão os Títulos Bancários que, por possuírem uma espécie de seguro adicional chamado de FGC (Fundo garantidor de crédito), acabam sendo considerados mais seguros que os títulos privados.
Além dessa forma de exposição onde o investidor compra diretamente o título, existe a opção de investir via fundos mútuos, onde uma gestora monta uma cesta com diversos tipos de títulos e oferecem para os investidores. Um dos cuidados que se deve ter ao investir via fundos mútuos é entender exatamente qual a estratégia do gestor e a quais tipos de títulos o fundo busca se expor. Você viu anteriormente que existem diferenças, principalmente relacionada ao risco de crédito, que podem afetar os seus retornos.
Além dos fundos mútuos o investidor possui agora a opção de se expor através dos ETFs, ou exchange traded funds, que nada mais é que um tipo específico de fundo que se diferencia principalmente dos fundos mútuos pela transparência, já que suas posições são abertas, e pela forma como é negociado.
Enquanto para investir num fundo mútuo a negociação é feita entre o investidor e o gestor, por intermédio de uma corretora ou um banco que o distribui, com ETFs a negociação é feita no ambiente da bolsa de valores, ou seja, as cotas do fundo são negociadas entre você e outros investidores.
Dentro desse contexto, os ETFs de renda fixa vieram para inovar, oferecendo uma forma mais transparente, prática e eficiente para o investidor brasileiro.
Todo ETF segue uma metodologia pública e acessível para todos, por norma todos os fundos precisam diariamente divulgar suas posições, fornecendo mais segurança e transparência ao investidor, que sabe exatamente qual a estratégia e quais os tipos de títulos o fundo busca se expor.
Além da transparência, investir em renda fixa através de ETFs significa não precisar ter múltiplos títulos na carteira, facilitando a organização e reduzindo o trabalho operacional.
Outro diferencial ao utilizar os fundos negociados em bolsa é que o investidor não precisa se preocupar com os vencimentos dos títulos, já que o ETF não possui vencimento. Os títulos são atualizados diretamente dentro do fundo pelo gestor. Isso gera melhor eficiência tributária, pois o pagamento do imposto é diferido, sendo devido somente quando o investidor vender suas cotas.
Aliás, essa é uma das principais características dos ETFs: através de um mecanismo de rolagem dos títulos, o gestor mantem a duration ou o prazo médio de vencimento dos títulos em carteira constante, isso fornece uma certa previsibilidade da volatilidade que o investidor pode esperar.
As alíquotas de IR dos ETFs são constantes, não importando o prazo do investimento, e podem ser de 15%, 20% ou 25% conforme o prazo médio de repactuação dos títulos que o fundo possui em carteira. Isso é diferente da tributação de títulos de renda fixa individuais, caso em que as alíquotas seguem uma tabela regressiva de imposto, que variam de acordo com o prazo do investimento, começando em 22,5% indo até 15% depois de 2 anos da compra do título.
Hoje todos os ETFs de renda fixa maximizam sua vantagem tributária de forma que seus títulos tenham prazo médio de repactuação se enquadrando na alíquota de 15%, com exceção de um ETF de Tesouro Selic, cujo prazo de repactuação implica na alíquota de 25%.
Outro ponto importante é que não existe a cobrança do IOF – o imposto sobre operações financeiras que incide nos primeiros 30 dias nos investimentos em títulos de renda fixa e em fundos de renda fixa tradicionais.
Em comparação com os fundos mútuos, uma das maiores vantagens dos ETFs é a não existência do come-cotas, uma cobrança antecipada de imposto que ocorre duas vezes ao ano. A antecipação de imposto de renda é extremamente prejudicial, pois reduz o potencial de retorno dos investimentos.
Isso acontece pois, como esse imposto é cobrado sobre o lucro semestralmente, os juros compostos passam a rentabilizar sobre um patrimônio menor. Esta realidade não ocorre nos ETFs, pois como não existe essa cobrança antecipada, os juros compostos estão sempre rentabilizando sobre o valor bruto do patrimônio investido.
Os ETFs utilizam estratégias simples e passivas. Não existe a figura de um gestor ou equipe tomando decisões de compra e venda para maximizar o retorno de acordo com regras subjetivas. Existe uma metodologia a qual gestora do ETF se compromete seguir, por meio da replicação de um índice de referência. Esta estratégia passiva reduz bastante o custo operacional e com isso os ETFs conseguem oferecer uma taxa de administração muito mais barata para os investidores.
Menor taxa de administração e a não existência do come-cotas colaboram para obtenção de um maior patrimônio acumulado no futuro, especialmente no longo prazo.
E por último, mesmo sendo fundos negociados em bolsa, ETFs de renda fixa possuem uma liquidez em D+1. Em outros ativos negociados no pregão, a liquidez acontece em D+2, e fundos mútuos tradicionalmente distribuídos tem liquidez variada, podendo chegar a mais de 30 dias. Além disso, com ETFs de renda fixa não há necessidade de gerar DARF, pois a corretora é a responsável pela retenção do imposto devido na venda das cotas.
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