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Investimento para iniciante: como iniciar sua jornada no mercado financeiro?

Muitos que desejam ingressar no mercado financeiro se perguntam se existe um investimento para o iniciante

15 out 2024

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3 MIN DE LEITURA

Por Investo

Entrar no mercado financeiro pode parecer uma tarefa desafiadora para quem está começando. Afinal, com tantas opções de investimento, novos termos para entender e a constante volatilidade do mercado, é natural que existam incertezas.

Nesse contexto, é comum surgir a dúvida sobre a existência de um investimento ideal para o iniciante. Longe de haver apenas uma resposta, é importante explorar melhor o tema para que você consiga encontrar a alternativa que faça sentido no seu caso.

Portanto, prossiga com a leitura deste artigo para ver se há um investimento para iniciante e descubra como começar a sua jornada no mercado financeiro.

Não perca!

Quais são os mitos a eliminar antes de começar?

Para quem nunca investiu, o passo inicial é esclarecer muitos dos mitos que existem a respeito do mercado financeiro.

Confira exemplos e entenda melhor como os investimentos podem ajudar você a construir seu patrimônio de forma responsável!

Apenas quem tem muito dinheiro pode investir

O primeiro mito sobre o mercado financeiro é que é preciso ter bastante dinheiro para poder investir — o que não é verdade. Qualquer pessoa tem a possibilidade de realizar investimentos, independentemente da sua capacidade monetária.

Pelas regras atuais, com menos de R$ 5 é possível investir em títulos públicos pelo Tesouro Direto. Com menos de R$ 30, é permitido acessar outros investimentos conservadores, como CDBs (certificados de depósito bancário), oferecidos por bancos ou corretoras.

Vale dizer que existem alternativas na renda variável que permitem acesso até mesmo com menos de R$ 50, como as cotas dos ETFs (exchange traded funds) ALUG11 e USTK11. Esses veículos investem no mercado imobiliário americano e em empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

Em 11 de outubro de 2024, por exemplo, as cotas podiam ser adquiridas respectivamente por R$ 43,23 e R$ 15,10. Contudo, cabe mencionar que o retorno do investimento tende a ser proporcional à quantia investida. Portanto, não espere se tornar um milionário investindo apenas R$ 50.

Investimentos permitem enriquecer rapidamente

É possível, sim, enriquecer investindo. Grandes nomes do mercado — como Warren Buffett, Peter Lynch e o brasileiro Luiz Barsi Filho — são provas de que existe a possibilidade de construir fortunas bilionárias no mercado financeiro.

Entretanto, isso não significa alcançar o objetivo rapidamente. Como qualquer outra atividade, o sucesso no mundo dos investimentos costuma demandar dedicação, consistência e, principalmente, tempo.

Os grandes resultados do mercado financeiro vêm de investimentos de longo prazo. A razão é que o o tempo investido potencializa os efeitos dos juros compostos presentes nos investimentos. Quanto mais tempo o investidor se mantém investido, maiores são as chances de sucesso.

A poupança é o investimento mais seguro do mercado

Acreditar que a poupança é o investimento mais seguro do mercado faz muitas pessoas perderem dinheiro. Embora a caderneta tenha baixo risco, existem alternativas com o mesmo nível de segurança e com melhor rentabilidade.

Por exemplo, apesar de a poupança contar com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), a mesma proteção é vista em outras aplicações. É o caso de CDBs, LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio), que, além de contar com a mesma garantia, possuem melhor rentabilidade.

Além disso, há estratégias de investimento que contribuem para mitigar riscos — com potencial de retorno mais elevado, como a diversificação.

Por fim, tenha em mente que a rentabilidade da poupança tem chance de ficar abaixo da inflação. Assim, mesmo que a quantia financeira depositada aumente, o seu poder aquisitivo diminui — trazendo prejuízos financeiros para o investidor.

Quais são os conceitos essenciais que o investidor iniciante deve conhecer?

Depois de esclarecer os principais mitos do mercado, é válido entender os próximos passos da sua jornada de investimentos. Eles envolvem aprender os principais conceitos básicos, mas relevantes, do mercado financeiro.

Veja os principais pontos sobre o assunto!

Diferença entre poupar e investir

Um dos princípios básicos do mercado é entender que poupar não é o mesmo que investir. Em termos financeiros, poupar se refere ao ato de guardar dinheiro — o que é importante. Por sua vez, investir envolve expor o dinheiro a oportunidades com potencial de gerar rendimentos e de aumentar o patrimônio ao longo do tempo.

Relação risco x retorno

Sabendo que não existe investimento totalmente seguro, vale compreender a relação entre risco e retorno. No mercado, quanto maior o risco de um investimento, mais elevada tende a ser a sua expectativa de retorno.

O motivo é que, se todos os investimentos tivessem o mesmo retorno, não haveria razões para escolher os mais arriscados. Logo, optar por alternativas seguras pode fazer com que seus resultados sejam menores. Já buscar alta rentabilidade pode implicar em correr mais riscos.

Perfil de investidor

A identificação do perfil do investidor é fundamental para entender qual é sua capacidade de assumir riscos. Quem tem perfil conservador prefere segurança à rentabilidade, tendo menor tolerância a ver o valor de seus investimentos variar.

Enquanto isso, o investidor arrojado aceita correr mais riscos para buscar um retorno maior. Já o moderado busca equilibrar sua carteira com alternativas seguras e arriscadas. Uma das formas de identificar o seu perfil é realizar o teste de suitability fornecido pelas instituições financeiras ao abrir uma conta de investimentos.

Objetivos financeiros

Outro conceito que todo investidor iniciante deve compreender é o de objetivos financeiros. Quem investe geralmente visa realizar um sonho ou uma meta. Entre eles, estão a compra de um carro ou uma casa, aposentar-se com tranquilidade, aumentar seu patrimônio, entre outros.

Traçar seus objetivos antes de começar a investir ajuda na hora de escolher os investimentos. Afinal, existem investimentos específicos para alcançar objetivos de curto, médio e longo prazo, e a escolha de cada um deve estar alinhada diretamente com o tempo previsto para uso do dinheiro.

Reserva de emergência

Antes de começar a investir, considere montar uma reserva de emergência. Trata-se de uma quantia financeira para suprir uma necessidade inesperada. Alguns exemplos são a perda do emprego, um tratamento médico ou um acidente.

Ela deve ser composta por, no mínimo, 6 meses do seu custo de vida. Como nesse caso o seu objetivo é a segurança e não a rentabilidade, a reserva deve ser aplicada em investimentos seguros e com alta liquidez.

Aportes frequentes

Para obter bons resultados no mercado, é necessário investir constantemente — não apenas uma vez. Ao desenvolver esse hábito, o investidor aproveita o poder dos juros compostos, potencializando a valorização do patrimônio ao longo do tempo.

Ademais, os aportes regulares permitem a construção de um patrimônio sólido. O hábito também favorece a disciplina financeira, já que ele se torna um compromisso constante para o investidor.

Por fim, ao investir regularmente, sem se preocupar com os níveis de preços do mercado, o investidor se disciplina a continuar investindo mesmo em momentos de baixa ou de pessimismo. No longo prazo, a prática pode melhorar os resultados, já que essas compras são feitas em momentos de oportunidade.

Diversificação

Além de investir com frequência, todos os investidores, dos mais experientes aos mais iniciantes, devem diversificar a sua carteira. A abordagem consiste em investir em mais de uma alternativa para não concentrar o risco e o retorno no mesmo ativo — não colocar todos os ovos na mesma cesta.

Porém, a escolha não deve ser feita sem critério. Uma boa diversificação envolve investir em diversas classes, que terão comportamentos diferentes diante do mesmo cenário econômico. Assim, se uma delas apresentar um resultado ruim, o retorno da outra pode compensá-lo.

Quais investimentos estão disponíveis para iniciantes?

Ao chegar até aqui, você já conferiu conceitos relevantes sobre investimentos, mas falta aprender quais são as alternativas disponíveis para iniciantes. O mercado financeiro é bastante democrático, existindo opções para todos os tipos de perfil.

Nele, você encontra investimentos de duas classes principais: renda fixa e renda variável. Entenda um pouco mais sobre cada uma delas!

Renda fixa

Os investimentos de renda fixa são conhecidos por sua segurança e previsibilidade. Muitos deles funcionam como um empréstimo em que o investidor aplica uma quantia financeira e, depois de um período, recebe o capital de volta acrescido de juros.

A rentabilidade esperada é informada ao investidor antes da realização do investimento. A dinâmica permite que ele realize cálculos e projeções, faça comparações com outras alternativas e escolha a mais adequada ao seu perfil e objetivos.

Veja algumas aplicações de renda fixa:

Títulos públicos:

  • Tesouro Selic;
  • Tesouro IPCA+;
  • Tesouro Prefixado.

Títulos bancários:

  • CDBs;
  • RDBs (recibos de depósito bancário);
  • LCIs e LCAs.

Títulos privados:

  • CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio);
  • Debêntures;
  • Debêntures incentivadas.

Os riscos de crédito variam conforme o tipo de título. Os mais seguros são os títulos públicos, pois possuem a garantia de pagamento por parte do Governo. Em seguida há os títulos bancários, que possuem cobertura do FGC de até R$ 250 mil por conglomerado financeiro, limitada a R$ 1 milhão por CPF.

Por fim, os mais arriscados são os títulos de crédito privado. Eles não possuem garantias líquidas de recebimento do valor investido.

Os prazos das alternativas variam conforme cada título emitido, existindo aplicações de curto, médio e longo prazo. Para receber a integralidade dos juros propostos, é necessário manter o investimento até a data de vencimento.

Com exceção de títulos totalmente pós-fixados (como é o caso do Tesouro Selic), em caso de resgate antes da data de vencimento, o título sofre marcação a mercado. Trata-se de uma atualização do seu preço, que pode se tornar maior ou menor do que aquele que foi pago.

Renda variável

Já na renda variável, há ativos conhecidos por sua volatilidade e imprevisibilidade de resultados. Nessa classe, diferentemente da renda fixa, não há como saber com antecedência qual será o retorno do investimento.

Grande parte dos investimentos de renda variável tem a lei da oferta e demanda como um dos fatores considerados na sua precificação. Assim, a sua cotação sobe ou cai conforme a quantidade de pessoas comprando ou vendendo seus ativos.

Nesse contexto, o investidor tem a possibilidade de obter ganhos com a venda de um ativo valorizado ou perdas se ele desvalorizar. Por conta disso, as alternativas da renda variável são mais arriscadas, ao passo que os seus ganhos também podem ser mais expressivos — embora não sejam garantidos.

Entre as alternativas mais conhecidas estão:

  • Ações (pequenas fatias de empresas negociadas na bolsa de valores);
  • FIIs (fundos imobiliários);
  • Fiagros (fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais);
  • ETFs (fundos negociados em bolsa);
  • BDRs (brazilian depositary receipts);
  • Commodities (petróleo, minério de ferro, soja, milho, café, entre outras).

Os investimentos de renda variável podem ser comprados ou vendidos a qualquer momento durante os pregões da bolsa de valores. Contudo, a volatilidade dessa classe de ativos é alta e deve ser objeto de aplicações para o longo prazo para reduzir as possibilidades de perda.

Por isso, entender se o investidor tem perfil adequado para possuir tais oscilações de preço na carteira é fundamental.

Por que os ETFs podem ser interessantes para o investidor iniciante?

Entre as opções de investimentos mencionadas, os ETFs se destacam como a melhor alternativa para quem está começando a investir. ETFs são fundos de investimento negociados em bolsa de valores, assim como ações.

Para investidores iniciantes, que ainda possuem pouco conhecimento sobre o mercado financeiro, os ETFs são uma excelente opção. Eles oferecem diversificação automática, reduzindo consideravelmente o risco de fazer escolhas erradas ao investir.

A análise de empresas individuais, seus balanços e desempenho exige anos de experiência e profundo conhecimento — uma tarefa árdua até mesmo para investidores profissionais. Com os ETFs, esse esforço é simplificado.

A razão é que eles proporcionam exposição a uma variedade de ativos, mitigando o risco e tornando-se uma escolha inteligente para quem está começando. Além disso, os ETFs são veículos de investimento de baixo custo, administrados por gestoras especializadas, como a Investo.

No Brasil, eles também são conhecidos como fundos de índice, pois seguem a performance de índices de mercado, tanto nacionais quanto internacionais, de renda fixa ou variável. Os ETFs contam com a atuação de um profissional do mercado para buscar replicar os resultados desses índices.

Um exemplo de índice bastante conhecido no Brasil é o Ibovespa, que inclui as empresas mais negociadas na bolsa de valores.

Descubra agora as vantagens de investir por meio de ETFs!

Vantagens de investir em ETFs

Investir em ETFs oferece diversas vantagens, especialmente para quem busca simplicidade e eficiência. Entenda os detalhes de cada vantagem!

Praticidade

Uma das maiores vantagens é a praticidade, já que não é necessário fazer análises detalhadas de cada ativo individualmente. Como os ETFs seguem um índice de referência, o investidor pode escolher o índice que mais se alinha à sua estratégia, sabendo que o fundo seguirá passivamente as regras desse índice.

Transparência

Outra vantagem significativa é a diversificação transparente. Ao adquirir uma cota de ETF, o investidor tem total visibilidade das suas posições, uma vez que os fundos divulgam suas composições diariamente.

Isso garante que, mesmo com um único ativo na carteira, o investidor esteja exposto a uma ampla variedade de empresas. Em outras palavras, ao possuir uma cota de ETF, o investidor se beneficia do desempenho médio de todas as empresas que compõem o portfólio do fundo.

Acessibilidade

Acessibilidade é outro ponto forte dos ETFs. O preço de uma cota é bem inferior ao valor que seria necessário para investir individualmente em cada ativo do índice. Isso permite que até mesmo investidores com menor capital aproveitem os benefícios da diversificação.

Liquidez

O benefício da alta liquidez também deve ser destacado, especialmente em comparação com fundos tradicionais. Nos ETFs de renda fixa, por exemplo, o investidor sempre pode contar com liquidez D+1, o que significa que, após a venda de suas cotas, o valor estará disponível em um dia útil.

Já nos ETFs de renda variável, a liquidez é de D+2, ou seja, o capital é liberado em até dois dias úteis. O investidor vende suas cotas diretamente na bolsa de valores, sem precisar aguardar por decisões do gestor ou janelas de resgate, como ocorre em fundos tradicionalmente distribuídos.

Essa agilidade proporciona mais flexibilidade para ajustar sua carteira de investimentos conforme necessário.

Diversificação geográfica

Os ETFs oferecem a possibilidade de diversificação geográfica. Investindo em ETFs, o investidor pode expor seu capital a ativos internacionais sem precisar retirar o dinheiro do Brasil. Muitos ETFs brasileiros replicam índices estrangeiros, o que proporciona proteção contra as oscilações da economia nacional.

Custos reduzidos

Por fim, os custos reduzidos são outra grande vantagem dos ETFs. Por serem fundos de gestão passiva, que não exigem um gestor escolhendo ativos diariamente, as taxas são significativamente mais baixas.

E, apesar dos custos menores, os ETFs frequentemente apresentam resultados superiores a mais de 90% dos fundos com gestão ativa no mercado.

Em resumo, ao investir em ETFs, o investidor pode aproveitar uma combinação única de diversificação, baixo custo e exposição global. Assim, ele reduz os riscos e maximiza os potenciais ganhos de forma simples e eficiente, com liquidez e facilidade.

Neste artigo, você viu o que o investidor iniciante precisa saber para fazer o seu primeiro investimento. Caso queira facilitar a sua jornada, considere estudar mais sobre os ETFs para tomar decisões informadas e adequadas ao seu perfil e aos seus objetivos.

Quer começar a investir em ETFs disponíveis no mercado nacional? Conheça todas as alternativas geridas pela Investo!

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