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O que é ETF? Saiba como funciona esse veículo de investimento!

Conheça a modalidade de fundo de investimento que está em crescimento no Brasil e saiba que vantagens ele oferece ao investidor

23 set 2024

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3 MIN DE LEITURA

Por Investo

Existem diferentes opções no mercado financeiro voltadas para quem deseja investir com simplicidade e acompanhar o crescimento de um setor. Nesse sentido, saber o que é ETF (exchange traded fund) possibilita diversificar seus investimentos com praticidade.

Esses fundos de investimento são uma alternativa a considerar para quem deseja se expor a um conjunto de ativos de maneira acessível e eficiente. Eles podem atender a diversos objetivos e estratégias — então vale entender seu funcionamento e as vantagens que eles podem oferecer.

Neste artigo, você saberá o que é ETF, como a alternativa funciona e outras informações relevantes sobre o veículo de investimento. Confira!

O que é ETF?

No Brasil, é comum que os ETFs sejam apresentados ao investidor como fundos de índice. Nesse sentido, eles são definidos como fundos de investimento passivos, que replicam ou espelham os resultados de um indicador de mercado, por exemplo, o Índice Bovespa (Ibovespa).

Porém, essa é uma abordagem incompleta sobre os ETFs — na verdade, o termo traduzido seria fundos negociados em bolsa. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde esse mercado está mais desenvolvido e consolidado, há ETFs de gestão ativa e passiva, não se restringindo a uma estratégia focada em replicar um indicador.

Como esse fundo de investimento funciona?

Como em outros fundos de investimento, o ETF reúne o capital de diversos investidores, como em um condomínio. Assim, diferentes investidores podem comprar cotas do veículo e participar dos resultados gerados por seus investimentos.

Esse tipo de fundo tem como diferencial em relação a outros fundos a liquidez garantida pela bolsa de valores — D+2 ou D+1, a depender do tipo de ETF. Ele ainda conta com mais transparência, pois é obrigatório divulgar diariamente as posições assumidas.

Nos fundos distribuídos em plataformas, também chamados de fundos tradicionais, a liquidez pode variar bastante (D+30, D+60 etc.). Eles também são autorizados a divulgar posições depois de 6 meses.

No Brasil, esses fundos negociados em bolsa são conhecidos pelo objetivo de replicar os resultados de um indicador de mercado, como visto. Por exemplo, pense no Ibovespa, que representa o desempenho das ações das maiores empresas da bolsa brasileira.

Um ETF que segue o Ibovespa busca acompanhar seus movimentos, investindo nos mesmos tipos de ações que estão na carteira teórica do índice. Dessa forma, se o indicador subir, o preço das cotas do ETF vai se elevar — e vice-versa.

Para se ter uma ideia sobre a relevância desses veículos financeiros, Warren Buffett — considerado o maior investidor da história — é um defensor dos ETFs de gestão passiva. O motivo é a eficiência desses produtos em acompanhar a média de mercado de forma prática, permitindo ao investidor se beneficiar do desempenho geral do mercado com menos esforço.

Quais são as principais características dos ETFs?

Antes de considerar a inclusão de qualquer tipo de investimento em sua carteira, você precisa conhecer mais sobre suas características.

A seguir, veja quais são as principais informações sobre os ETFs!

Tipos de ETF

Existem diferentes tipos de ETFs. Entender as distinções entre eles permite uma tomada de decisão mais informada sobre quais alternativas você deve incluir em sua carteira, a depender de seus objetivos.

Confira algumas das principais classificações no Brasil:

  • ETFs de renda variável: seguem índices relacionados ao mercado de renda variável, podendo envolver diferentes tipos de ativos, como ações, por exemplo;
  • ETFs de renda fixa: investem em títulos de dívida, como títulos públicos, oferecendo menor risco em comparação com as ações;
  • ETFs setoriais: focam em tendências ou segmentos específicos, como ações de tecnologia ou sustentabilidade, para atender a determinados interesses de investimento;
  • ETFs de criptomoedas: acompanham índices ligados ao mercado cripto, permitindo acesso a ele sem precisar comprar as moedas diretamente.
  • ETFs de commodities: seguem o desempenho de matérias-primas como ouro, petróleo e grãos, oferecendo exposição às mercadorias sem a necessidade de compra física.

Ainda, há duas classificações importantes ao trabalhar ETFs de maneira global:

  • ETFs passivos: replicam índices específicos e têm custos mais baixos devido à gestão simplificada;
  • ETFs ativos: são geridos por profissionais que tentam superar índices de referência, o que costuma resultar em custos mais altos e maior risco — no Brasil, eles ainda não estão disponíveis.

Rentabilidade

Como você aprendeu, ao optar por um ETF que replica um índice, a rentabilidade do veículo depende do desempenho do indicador. Ainda, enquanto muitos ETFs reinvestem automaticamente os lucros gerados pelos ativos do fundo, existem aqueles que distribuem dividendos ao investidor.

Liquidez

As cotas de ETFs têm alta liquidez, pois são negociadas na bolsa de valores, como ocorre com as ações. Isso significa que você consegue comprar e vender suas cotas durante o pregão em qualquer dia útil.

Risco

Como qualquer investimento, os ETFs têm riscos. O principal é o de mercado, relacionado à lei de oferta e demanda, que pode interferir no preço das cotas. Outro ponto é que esses veículos não estão isentos de riscos específicos dos setores ou ativos aos quais eles se expõem.

Tributação

Investir em ETFs também envolve o pagamento de Imposto de Renda (IR). Nos ETFs de renda variável, a alíquota é de 15% sobre o lucro obtido na venda das cotas em operações normais. Já nas negociações no mesmo dia (day trade), a alíquota sobe para 20%.

O investidor precisa calcular e pagar o imposto por conta própria por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). O pagamento pode ser feito até o último dia útil do mês subsequente à venda das cotas.

No caso de ETFs que distribuem dividendos, os proventos são tributados na fonte em 15%, sem necessidade de pagamento de DARF. Já nos ETFs de renda fixa, o imposto varia de 15% a 25%, dependendo do prazo de repactuação da carteira do fundo. Nesse caso, o tributo é descontado automaticamente na fonte.

Taxas

Além do IR, investir em ETFs tem custos como a taxa de administração — expressa em uma porcentagem anual sobre o patrimônio investido, com cobrança geralmente mensal, feita automaticamente. Ela serve para cobrir as despesas de manutenção do fundo.

No Brasil, como a gestão dos ETFs é passiva, a taxa é menor do que a de outros fundos de investimento. Ainda assim, é preciso considerá-la ao avaliar o potencial de rentabilidade do investimento.

Quais são as vantagens de investir em ETF?

Ao entender o que é ETF, é possível perceber que o fundo oferece diversos benefícios à carteira dos investidores, certo?

Acompanhe, a seguir, mais detalhes sobre as principais vantagens que investir em ETFs pode proporcionar!

Baixo investimento inicial

Para adquirir uma cota de um ETF, que é o investimento mínimo no Brasil, você geralmente não precisa de uma grande quantia. O montante mínimo necessário costuma ser acessível para a maioria dos investidores, tornando os fundos negociados em bolsa uma opção viável para quem está entrando no mercado financeiro.

Potencial de diversificação

Quando você investe em um ETF, você compra de uma só vez uma cesta que contém diversos ativos, e não apenas a uma ação ou título específico. Nesse caso, seu dinheiro é distribuído em diferentes alternativas, o que pode ajudar a reduzir o risco geral do seu portfólio.

Transparência

ETFs são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que garante uma ampla divulgação de informações sobre o fundo. Você consegue facilmente acessar detalhes sobre a composição da carteira do veículo, assim como o desempenho e outras métricas relevantes.

Vale destacar que os dados são divulgados diariamente — ao contrário de outros tipos de fundo de investimento, que podem não divulgar suas posições em até 6 meses.

Potencial de rendimento

Os ETFs acompanham a média de mercado e, por isso, historicamente, eles superam a performance média dos fundos de investimentos ativos. Por exemplo, um levantamento semestral da Standard & Poor’s mostrou que 90% dos fundos de renda variável no Brasil não superaram o índice de referência em um horizonte de 10 anos.

Ausência de come-cotas

O come-cotas é a antecipação do IR que incide em alguns fundos de investimento, ocorrendo enquanto o capital do investidor ainda está alocado. Ele é cobrado automaticamente a cada seis meses, descontado das cotas do investidor.

Porém, os ETFs não estão sujeitos a essa cobrança. Isso permite que os recursos permaneçam integralmente investidos, sem tributação, até que o investidor decida vender suas cotas.

Como é o mercado de ETFs no Brasil?

Você entendeu que os ETFs são fundos de investimento já consolidados no mercado externo, em especial, nos Estados Unidos. No Brasil, o mercado de ETFs tem passado por um grande crescimento nos últimos anos.

Desde a regulamentação desses fundos, em 2002, o número de ETFs disponíveis na B3 aumentou para mais de 90. Os dados são de um levantamento da própria bolsa brasileira.

Segundo estudo feito para a B3, de 2004 a 2024, o volume médio de negociações diárias envolvendo cotas de ETFs cresceu significativamente. As movimentações passaram de R$ 4 milhões para R$ 1,4 bilhão.

Nesse ano, os ETFs representavam cerca de 7% do volume negociado em ações na bolsa brasileira. Confira o gráfico:

Entre as alternativas disponíveis, os ETFs incluem tanto fundos que seguem índices brasileiros quanto internacionais. Os investidores têm acesso indireto a uma diversidade de ativos, que vão desde ações estrangeiras até commodities e criptoativos.

A Investo é a maior gestora independente de ETFs do Brasil, contribuindo ativamente para a consolidação desses fundos negociados em bolsa no país. Com 18 ETFs lançados na B3 e mais de R$ 1 bilhão sob gestão, em 2024, somos responsáveis por grande parte do mercado desses fundos na B3.

Atendemos mais de 50 mil investidores e oferecemos fundos que cobrem uma ampla variedade de setores. Nossos principais ETFs incluem empresas globais e áreas como tecnologia, biotecnologia, games e e-sports, além de renda fixa internacional e nacional.

Como escolher o ETF certo para o seu perfil de investidor?

Ao entender o que é ETF, se você se interessou por investir nesse tipo de fundo, é essencial saber como encontrar alternativas adequadas para o seu perfil. Afinal, como visto, existe uma grande quantidade de veículos disponíveis no mercado financeiro — então você precisa saber analisá-los.

Aprenda os passos para escolher o ETF adequado para as suas necessidades!

Conheça seu perfil de investidor

O perfil de investidor é uma maneira de classificar o quanto você se sente confortável com riscos em seus investimentos na busca por retornos. Ele pode ser conservador, moderado ou arrojado, dependendo da sua tolerância ao risco.

Defina seus objetivos

Reflita sobre qual é o propósito do investimento em ETFs e qual impacto eles terão na sua carteira. Pondere se você está buscando crescimento a longo prazo, proteção contra a volatilidade ou outros objetivos. Ter essa clareza contribui para fazer escolhas alinhadas às suas metas.

Considere a diversificação da carteira

Como você viu, no Brasil, os ETFs buscam replicar a performance de diferentes indicadores de mercado. Tendo isso em mente, considere optar por um fundo que ofereça a diversificação necessária para a sua carteira, a partir da análise de todo o seu portfólio.

Analise os custos e taxas

Todos os investimentos têm custos, e com os ETFs não é diferente. Então confira a taxa de administração e outros custos associados ao veículo que você está considerando para a sua carteira, como é o caso dos impostos. Assim, você tomará decisões mais embasadas.

Como investir em ETFs?

Uma vez escolhido um ou mais ETFs para compor a sua carteira, chega a hora de efetuar a compra de cotas desses veículos. O processo é simples, semelhante a uma aquisição de ações, como você entendeu.

Confira o que você precisa fazer para investir em ETFs!

Abra uma conta em uma instituição financeira

No Brasil, o acesso aos ETFs é feito por meio do home broker, que insere o investidor no ambiente da bolsa de valores. Para tanto, é preciso ter conta em uma corretora de valores ou banco, que garantem acesso ao sistema necessário para realizar as negociações.

A escolha da instituição ideal para você depende da análise de fatores como taxas, serviços oferecidos e a facilidade de uso da plataforma. Após escolher a melhor opção para as suas necessidades, basta preencher um cadastro e aguardar sua aprovação para abertura da conta.

Transfira recursos para sua conta

Com a conta aberta, o próximo passo é transferir dinheiro para ela. Você pode fazer isso por Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Pix, por exemplo. O montante a ser enviado deve ser aquele que você planeja investir.

Faça a ordem de compra

Para investir em um ETF, você precisa comprar cotas do fundo escolhido. Insira o ticker do veículo, a quantidade de cotas que você deseja adquirir e, se desejar, o preço desejado, conforme a sua análise em relação ao investimento.

Também há a possibilidade de enviar a ordem de compra a mercado — que será executada conforme a melhor oferta naquele momento. Depois de confirmar a operação, a negociação será efetivada assim que a bolsa identificar uma ordem de venda compatível.

Monitore o desempenho

Após comprar cotas de ETFs, acompanhe a evolução do preço das suas cotas e o desempenho do índice que o fundo replica. Assim, você pode entender se o veículo está atendendo às suas expectativas.

Agora você não apenas sabe o que é ETF como também entendeu quais são as suas vantagens e como escolher as alternativas mais adequadas para a sua carteira. Desse modo, será possível tomar decisões financeiras mais alinhadas ao seu perfil e aos seus objetivos.

Se essas informações ajudaram você, aproveite para repassar o conhecimento. Compartilhe o artigo nas suas redes sociais!