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O que é renda fixa? Conheça essa classe de investimento!

Saiba como a renda fixa pode oferecer segurança e previsibilidade para diversificar seus investimentos

25 out 2024

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3 MIN DE LEITURA

Por Investo

Para quem começa a estudar sobre investimentos, é comum se deparar com siglas e termos relacionados ao mercado financeiro nem sempre conhecidos. Um dos conceitos mais relevantes nesse contexto é a renda fixa, sendo preciso entender como ela funciona. 

Ao compreender o que é renda fixa e saber diferenciá-la da renda variável, o investidor consegue fazer comparações e perceber quais são os investimentos mais adequados a cada objetivo financeiro. Assim, será possível fazer análises mais eficientes, além de aportes mais estratégicos. 

Neste artigo, você aprenderá o que é a renda fixa, quais são as suas principais características e investimentos. Confira! 

O que é renda fixa? 

Renda fixa é o nome dado a uma classe de investimentos conhecida pela sua previsibilidade e segurança. Devido a esses aspectos, em muitos casos, ela é a porta de entrada no mercado financeiro para pessoas que desejam investir. 

A questão pode ser observada a partir de dados divulgados pela B3 — a bolsa de valores brasileira. Em março de 2024, o Brasil contava com 16,3 milhões de pessoas físicas que investiam na renda fixa. Já na renda variável — classe de investimentos em que não há qualquer previsibilidade de retorno —, o número era de 5,1 milhões. 

É válido destacar que a renda fixa funciona como um empréstimo. Ao fazer aportes em um investimento da classe, você empresta o seu dinheiro para o Governo, uma instituição financeira ou uma empresa. Em troca, o seu capital é rentabilizado por meio de uma taxa de juros acordada. 

Quais são as principais características dessa classe? 

Após entender o que significa renda fixa, é pertinente compreender as suas características com mais detalhes.  

Veja os principais aspectos que você deve saber sobre a classe! 

Rentabilidade 

Como visto, a renda fixa é conhecida por ser uma classe que permite certa previsibilidade. A razão é que, ao investir em suas aplicações, você sabe qual será o seu tipo de rentabilidade — pós-fixada, prefixada ou híbrida. 

Conheça, a seguir, as características de uma: 

  • pós-fixada: a rentabilidade do investimento é atrelada à Selic (taxa básica de juros brasileira) ou a um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) — por exemplo, 95% do CDI; 
  • prefixada: nesse tipo, você sabe qual será o retorno da aplicação ao ano, em percentual — como 10% a.a.; 
  • híbrida: o rendimento é composto pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ou outro índice, mais uma taxa prefixada — por exemplo, IPCA + 5,4% a.a. ou CDI + 2%. 

Data de vencimento 

Outro aspecto ligado aos investimentos de renda fixa que proporciona mais previsibilidade é a data de vencimento. Ao fazer aportes em títulos dessa classe, você sabe quando eles vencem — ou seja, quando o dinheiro aportado somado aos juros será creditado em sua conta. 

Apesar disso, vale ressaltar que, em alguns casos, é possível resgatar o seu capital antes da data indicada. O único ponto é que, nesse cenário, há o processo de marcação a mercado, que pode fazer com que você ganhe mais ou menos dinheiro do que o previsto inicialmente. 

Liquidez 

Mais uma característica que você deve conhecer sobre os investimentos de renda fixa é sua liquidez. Se ela for diária ou imediata, significa que há como resgatar o seu dinheiro com mais facilidade e rapidez. 

Nesse caso, a liquidez da aplicação é classificada como alta. Porém, há investimentos que permitem fazer o resgate somente na data de vencimento. Por exemplo, se você tiver um título com essa característica que vence daqui a três anos, o dinheiro só pode ser acessado nesse prazo. 

Quando uma aplicação tem esse funcionamento, ela é definida como um investimento de baixa liquidez, pois o seu capital fica preso durante determinado período. Por esse motivo, títulos menos líquidos costumam oferecer rentabilidades maiores. 

Tributação 

Por último, outro ponto que você deve saber sobre a renda fixa é a tributação dos investimentos. Alguns sofrem incidência de IR (Imposto de Renda) e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre os ganhos, na fonte, enquanto outros são isentos. 

Os títulos de renda fixa que são tributados seguem uma tabela regressiva de alíquotas. Veja: 

Os títulos de renda fixa que são tributados seguem uma tabela regressiva de alíquotas.

Risco de crédito 

Ao estudar investimentos, é importante observar os riscos envolvidos. Na renda fixa, o principal é o risco de crédito. Ele se refere à possibilidade de inadimplência do emissor do título — ou seja, de ele não fazer o pagamento acordado.  

Existem algumas alternativas que contam com proteção. Por exemplo, há a garantia do Tesouro Nacional, nos títulos públicos, e a cobertura limitada do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em grande parte dos títulos de emissão bancária.  

Por outro lado, há diversas opções que não têm mecanismos de proteção e garantias, exigindo atenção do investidor ao analisar a viabilidade do investimento.  

Também há opções que trazem diversificação, com exposição a diferentes títulos, reduzindo o risco de crédito das operações. É o caso de fundos tradicionais de renda fixa e exchange traded funds (ETFs) dessa classe.  

Quais são os principais investimentos na renda fixa? 

Agora que você sabe o que é renda fixa e quais são as suas principais características, vale a pena conhecer os investimentos que fazem parte da classe. 

Os principais são: 

  • Títulos públicos negociados na plataforma do Tesouro Direto (Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+, por exemplo); 
  • CDBs (certificados de depósito bancário); 
  • LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio); 
  • CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio); 
  • Debêntures. 

Ao investir em títulos do Tesouro Nacional, você empresta o seu dinheiro para o Governo. Já no caso dos CDBs, das LCIs e das LCAs, o seu capital é destinado a instituições financeiras. Nas debêntures, por sua vez, os seus recursos são encaminhados para empresas. 

Além dessas possibilidades, saiba que na bolsa de valores também existem investimentos atrelados à renda fixa, como ETFs (exchange traded funds, ou fundos negociados em bolsa). O LFTS11 e o NTNS11 são dois exemplos nesse sentido. 

Por que investir em renda fixa? 

Com as informações apresentadas até aqui, você compreendeu melhor o que é a renda fixa e quais investimentos compõem a classe — mas por que investir nela? Um dos principais motivos é o nível de segurança e previsibilidade que algumas alternativas podem proporcionar. 

Assim, a renda fixa tende a ser um caminho para quem está começando a investir ou não deseja assumir tantos riscos. Ademais, a classe é formada por diversas aplicações, que podem ter características distintas em relação à rentabilidade, prazo, liquidez, nível de segurança e outras questões.  

Dessa maneira, ela pode funcionar para diferentes objetivos financeiros e ser uma opção útil para diversificar a carteira de investimentos. 

Por exemplo, na renda fixa estão os investimentos mais buscados por investidores para a formação da reserva de emergência. Independentemente do perfil ou estratégia, esse tipo de aplicação, quando pós-fixada e com liquidez diária, serve para garantir mais proteção diante de imprevistos. 

Ademais, investidores mais arrojados ou experientes também podem recorrer à classe para objetivos que exijam maior previsibilidade e para diversificar a carteira de investimentos. Afinal, mesmo nesses casos, a diversificação com renda fixa e renda variável é relevante para a conquista de resultados no longo prazo.  

Como visto, a renda fixa é uma classe de investimentos que pode fazer sentido para o investidor que busca maior segurança e previsibilidade. Além disso, ela é uma categoria relevante para a diversificação do portfólio, colaborando para a potencialização de ganhos e a redução de riscos. 

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