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Como investir em criptomoedas? Guia completo!

Confira um guia completo sobre os ativos digitais e as formas de adicioná-los à sua carteira

27 nov 2024

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3 MIN DE LEITURA

Por Investo

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Muitas pessoas desejam saber como investir em criptomoedas. Porém, a estratégia tende a parecer desafiadora — afinal, essas alternativas diferem do mercado tradicional. Mas, com as informações corretas, você pode explorar o ambiente cripto e aproveitar as oportunidades que ele apresenta. 

Os ativos digitais atraem tanto investidores iniciantes quanto os mais experientes, principalmente devido ao seu potencial de retorno e à inovação que eles proporcionam ao sistema financeiro. Portanto, vale a pena conhecer mais a respeito e verificar se a alternativa faz sentido para o seu caso. 

Neste guia completo, você encontrará as principais informações sobre o investimento em criptomoedas e descobrirá quais são as formas de se expor aos ativos. Boa leitura! 

O que são criptomoedas? 

Antes de saber como investir em criptomoedas, você precisa entender o que são esses ativos. Trata-se de moedas com características diferentes das tradicionais, como o real ou o dólar. Sendo ativos digitais, elas não têm um correspondente físico. 

As criptomoedas também são descentralizadas, o que significa que elas não são reguladas por um Governo ou banco central. Os ativos utilizam a criptografia para garantir transações seguras e controlar a criação de novas unidades. 

Entenda melhor suas características! 

Funcionamento 

Grande parte das criptomoedas funciona a partir de uma tecnologia chamada blockchain. Ela consiste em uma espécie de livro-caixa digital, que armazena as informações em computadores distribuídos pelo mundo. Seus registros não podem ser apagados ou modificados. 

A razão é que a blockchain é um sistema agrupado em blocos de dados criptografados e conectados entre si, formando uma cadeia. Cada bloco contém um conjunto de transações, um carimbo de data e hora e um hash. 

Vale saber que hash é uma espécie de código que identifica um bloco e o conecta ao anterior. Quando uma nova transação é realizada, ela é verificada e agrupada com outras transações em um bloco — que é, então, adicionado à cadeia existente após ser validado. 

Embora as identidades dos usuários da blockchain sejam protegidas, todas as transações são visíveis em seus registros, permitindo auditorias e rastreamento e garantindo transparência nas operações. Elas ainda possibilitam a criação de contratos inteligentes — ou smart contracts. 

Eles são códigos autoexecutáveis, que podem ser usados para automatizar processos e acordos sem a necessidade de intermediários. Outro ponto relevante é que as criptomoedas viabilizam transações rápidas e baratas entre as partes. 

Essas características tornam as criptomoedas uma solução inovadora, que teve grande aceitação também no mercado tradicional. Elas passaram a ser utilizadas para diversos fins, como investimentos, pagamentos, financiamento de projetos e até novos modelos de negócios baseados na tecnologia. 

Vantagens 

Com relação às vantagens de operar com criptomoedas, é válido destacar a liberdade para fazer as transações. Com uma tendência de maior aceitação da alternativa, o ativo pode ser usado em diversos tipos de operações, simplificando os processos financeiros. 

O fato de as criptos não estarem ligadas a entidades reguladoras contribui para a redução de taxas nas negociações, podendo oferecer um custo menor em comparação com os meios tradicionais. Porém, apesar de haver mecanismos para garantir a proteção nas transações, é preciso considerar os riscos nas operações.  

Adicionalmente, cabe destacar que investir em criptomoedas dá acesso a um potencial de ganhos elevados. Levantamentos da Receita Federal de outubro de 2023 mostraram um aumento expressivo das movimentações com stablecoins — as criptomoedas mais consolidadas e estáveis. 

Segundo o órgão, esse mercado movimenta trilhões de dólares em todo o mundo. Por exemplo, o estudo realizado mensalmente, de 2019 a 2023, mostrou que a tether (USDT) contava com um patamar acumulado de negociações de R$ 271 bilhões. 

A quantia foi superior inclusive ao bitcoin (BTC), a primeira criptomoeda criada. No levantamento, ela somava mais de R$ 151 bilhões transacionados no período. Portanto, esse é um mercado com intenso volume de negociações, capaz de gerar oportunidades aos interessados. 

Riscos 

Antes de investir em criptomoedas, você também deve estar ciente dos riscos da alternativa. Com o intenso volume de movimentações, esse é um mercado volátil, então o investidor fica exposto ao risco de ter perdas financeiras. 

Por exemplo, mesmo com estudos prévios, existe a chance de as tendências de valorização identificadas em um ativo não se consolidarem. Além disso, sem o controle de órgãos centralizadores, as criptomoedas ficam sujeitas apenas à lei da oferta e da demanda — podendo passar por oscilações intensas. 

Logo, caso haja alguma mudança nesse mercado, há o risco de o interesse em certa alternativa cair repentinamente, impactando sua cotação. Adicionalmente, é possível a baixa procura afetar a liquidez da criptomoeda, gerando dificuldade para o investidor se desfazer dos ativos em carteira. 

Vale destacar que, dependendo da forma de armazenamento, a custódia e a segurança dos ativos ficam por conta do investidor. As carteiras de moedas digitais, chamadas de wallets, costumam ser de responsabilidade do proprietário. 

O fator é considerado uma vantagem por muitos operadores, devido à maior autonomia em suas operações. Contudo, ele também exige conhecimentos mais avançados e cuidados extras para evitar problemas no armazenamento e nas transações com criptomoedas. 

Dessa forma, o investidor deve se responsabilizar por manter os ativos protegidos contra malware e guardar as senhas de acesso. Tenha em mente que se o arquivo digital na wallet for apagado ou roubado — ou se você perder a senha —, não há como recuperar as moedas. 

Quais são as principais criptomoedas do mercado? 

Agora que você sabe mais sobre criptomoedas, vale a pena conhecer os principais ativos. Conforme visto, o bitcoin é a primeira criptomoeda registrada e ainda tinha o seu espaço consolidado em 2024. No entanto, existem outras possibilidades que ganharam expressividade no mercado. 

Confira as principais alternativas! 

Principais stablecoins 

Você viu que as stablecoins são criptomoedas mais estáveis. Elas costumam estar lastreadas em ativos subjacentes, como moedas fiduciárias ou commodities, minimizando a volatilidade típica de outras criptomoedas. 

Alguns exemplos das principais stablecoins são: 

  • Tether (USDT): colateralizada em dólar americano; 
  • USD Coin (USDC): lastreada em dólar americano; 
  • DAI (DAI): atrelada a uma cesta de criptomoedas; 
  • First Digital USD (FDUSD): lastreada em reservas fiduciárias; 
  • Ethena (ENA): colateralizada em delta hedging, uma operação que explora diferenças de preços entre os mercados à vista e de futuros; 
  • USDD (USDD): colateralizada em dólar americano; 
  • Tether Gold (XAUt): lastreada em ouro físico. 

Veja o gráfico que mostra a capitalização de mercado em dólares das alternativas desde sua criação até outubro de 2024: 

Adicionalmente, é válido mencionar que existe uma stablecoin lastreada em real brasileiro: o Brazilian Digital Token (BRZ). A alternativa busca ser uma versão digital do real, mas adaptada ao ambiente digital. Contudo, a criptomoeda não é vinculada ao Governo ou ao Banco Central do Brasil. 

Principais altcoins 

Além das stablecoins, você precisa conhecer as altcoins — criptomoedas consideradas alternativas. Ao contrário das anteriores, esse grupo de ativos tem maior volatilidade, logo, ele também tem o potencial de oferecer resultados mais expressivos. 

Uma das principais altcoins é o ether (ETH), ligado à plataforma Ethereum — lançada em 2015. Porém, existem diversos outros ativos digitais alternativos. Veja exemplos: 

  • Solana (SOL); 
  • Chainlink (LINK); 
  • Oasis Network (ROSE); 
  • MakerDAO (MKR); 
  • Celestia (TIA); 
  • Avalanche (AVAX); 
  • Arbitrum (ARB); 
  • Render (RNDR). 

Acompanhe um gráfico com a capitalização de mercado das altcoins, até outubro de 2024, de forma geral — ou seja, ela não se restringe aos exemplos que você acabou de conhecer: 

Como funciona o Imposto de Renda nessa alternativa? 

Uma dúvida comum de quem pensa em investir em criptomoedas é sobre como funciona a incidência do Imposto de Renda (IR) na alternativa, já que ela não está atrelada a um Governo. Saiba que o tributo incide sobre os rendimentos de pessoas físicas e jurídicas brasileiras. 

Veja como funciona nas compras feitas em corretoras brasileiras e internacionais! 

Corretoras nacionais 

As criptomoedas têm regras sobre o recolhimento do IR. Ele é de responsabilidade do próprio investidor, devendo ser feito pelo Programa de Ganhos de Capital (GCAP). O operador também deve emitir a guia de pagamento do imposto. 

Para realizar o processo, é necessário baixar o GCAP e fazer um cadastro com as informações da operação. Nele, você deve gerar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), utilizado para pagar o tributo. 

O DARF é gerado mensalmente, devendo ser emitido até o último dia útil do mês subsequente àquele em que você realizou operações com lucros. Em 2024, nas operações realizadas de corretoras brasileiras, o IR era cobrado quando o investidor vendia acima de R$ 35 mil em ativos no período, devendo ser recolhido sobre o ganho de capital. 

A alíquota é definida pelo montante obtido com a operação. Ela observava a seguinte tabela em 2024: 

  • 15%: ganhos até R$ 5 milhões;  
  • 17,5%: ganhos entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões;  
  • 20%: ganhos entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões;  
  • 22,5%: ganhos que superam os R$ 30 milhões. 

Exchanges internacionais 

Quando as operações são realizadas em corretoras internacionais, vale o que está disposto na Lei nº 14.754, de 2023. Nesse caso, a alíquota é única de 15%, sem isenção. A apuração é feita com lançamento direto no ajuste anual. 

Também se lembre de que você deve incluir as criptomoedas em sua declaração anual de IR. Por exemplo, a Receita Federal determinou que, em 2024, os contribuintes que tinham pelo menos R$ 5 mil em criptomoedas na carteira até dezembro de 2023 deveriam incluí-las na declaração. 

Desse modo, você deve verificar as exigências e a forma de declaração. Observe que existem diferenças na maneira de informar os ativos e o ganho de capital, que precisam ser respeitadas para evitar erros no documento. 

Como investir em criptomoedas? 

Até aqui, foi possível conhecer bastante sobre as moedas digitais. Com as informações, se você optar por adicionar as alternativas à carteira, o passo seguinte é saber como fazer o procedimento. 

Não se esqueça de verificar a adequação das criptomoedas ao seu perfil de investidor e à sua estratégia individual. Você aprendeu que esses são ativos que tendem a apresentar riscos elevados, mas também um potencial de ganhos atrativo. 

Então, para a sua alocação ser adequada, você deve realizar uma análise cuidadosa, equilibrando os riscos e os potenciais de ganhos. Existem duas formas principais de investir em criptomoedas.  

Descubra quais são elas, a seguir! 

Investimento direto 

A primeira forma de investir em criptomoedas que você deve conhecer é a compra direta dos ativos digitais. Entretanto, tenha em mente que esse tipo de operação não acontece na bolsa de valores (B3, no Brasil) ou em plataformas tradicionais. 

O processo pode ocorrer por meio de corretoras especializadas nessas alternativas, chamadas de exchanges. Elas viabilizam a compra e venda das moedas digitais. Na modalidade, você tem a opção de manter as alternativas na conta da exchange ou em uma wallet própria. 

Na hora de escolher uma exchange, tenha cuidado para selecionar uma plataforma confiável, com boa reputação no mercado. Pesquise sobre o seu histórico e a experiência de outros usuários para evitar ter dificuldades em seu investimento. 

Ainda, observe quais são as criptomoedas disponíveis no portfólio, já que cada exchange costuma trabalhar com um número limitado de alternativas. Outro ponto relevante é conhecer os custos da corretora escolhida. 

Também há como fazer o investimento direto no modelo peer-to-peer (P2P). Nesse caso, a negociação acontece entre duas pessoas, sendo mais flexível. No entanto, a proposta tende a gerar mais dificuldade na gestão e custódia das carteiras, exigindo conhecimentos avançados e oferecendo mais riscos. 

Investimento indireto 

Se você busca mais praticidade e segurança, você pode investir em criptomoedas pelo mercado regulado, via corretoras e bancos de investimentos. Essa é uma forma de exposição indireta, que costuma acontecer por meio de fundos de investimentos. 

Trata-se de uma modalidade coletiva, com um portfólio de ativos compartilhado e a gestão profissional do mercado financeiro. Um dos tipos de fundo de investimento que oferecem a exposição indireta às criptomoedas são os exchange traded funds (ETFs). 

No Brasil, eles se caracterizam por estarem atrelados a um índice de mercado, buscando replicar o seu desempenho. Na B3, você encontra ETFs que acompanham índices de criptomoedas, permitindo ter os resultados da alternativa em sua carteira por meio do mercado tradicional. 

Um exemplo de ETF de criptomoedas é o BLOK11, que replica no Brasil o desempenho do MarketVector Smart Contract Leaders Brazil Index. O índice tem a finalidade de rastrear o desempenho dos ativos mais líquidos e relevantes de contratos inteligentes. 

Também vale citar o ETF NFTS11, que espelha no Brasil o desempenho do índice MarketVectorTM Media & Entertainment Leaders Brazil. Ele tem o foco em acompanhar os maiores e mais líquidos ativos do setor de mídia e entretenimento. 

Com a leitura deste guia completo, você aprendeu como investir em criptomoedas, além de ter conhecido características relevantes desses ativos. Analise as informações vistas para decidir se a alternativa faz sentido para sua estratégia de investimento. 

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