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ETFs (Exchange Traded Fund) e o mercado mundial

Henrique Pavan / 24/02/2021 / ETFs, Mercado Financeiro

19 mar

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3MIN DE LEITURA

Por Henrique Pavan

ETFs (Exchange Traded Fund) e o mercado mundial

ETF significa Exchange Traded Fund e são fundos de investimento que possuem sua rentabilidade atrelada a índices de mercado, ou seja, quando você compra uma cota de ETF, seu dinheiro vai para um fundo que coleta dinheiro de outros investidores também e a gestão do fundo (ou seja do próprio ETF) compra ativos (ações, títulos públicos, etc) com esse dinheiro, com o objetivo de gerar rentabilidade a seus investidores.

A rentabilidade de um ETF é geralmente igual (ou muito semelhante) ao desempenho de um índice de mercado e para comprar basta abrir uma conta em uma corretora, abrir seu home broker e comprar cotas.

Exemplos de ETFs

ETFs também são conhecidos como fundos de índices, exatamente porque procuram “imitar” a performance dos principais índices de mercado. Abaixo estão alguns exemplos de ETFs. Repare que sua nomenclatura vem com o número 11 no final:

  • IMAB11 – replica o índice IMA-B (índice de títulos públicos indexados ao IPCA, que é o principal índice de inflação do Brasil).
  • DIVO11 –  atrelado ao IDIV (índice que acompanha as ações de empresas com melhores resultados em dividendos).
  • IVVB11 – procura replicar à performance do Índice S&P 500 da bolsa norte-americana.

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Custos dos ETFs

Geralmente, as taxas de administração cobradas pelas corretoras sobre operações com ETFs não passam de 1%, sendo que há várias opções abaixo dos 0,5%. Além disso, as cotas básicas dos ETFs podem girar em torno de R$ 200,00, uma opção de entrada barata. Quanto aos tributos, os ETFs de renda fixa estão sujeitos à tabela progressiva do imposto de renda que varia de 15% a 22,5%. Já os ETFs de renda variável são tributados em 15% sobre o ganho de capital, isto é, sobre a diferença entre o valor de venda e o valor de aquisição das cotas.

Aliás, se você ainda não sabe a diferença entre renda fixa e renda variável, sugiro ler esse texto aquiVale lembrar que uma vantagem dos ETFs é que eles são negociados com grande frequência na bolsa de valores, possuindo boa liquidez.

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O mercado mundial e os ETFs

Além de tudo que já foi dito sobre os ETFs, eles ainda possuem liquidez, facilidade de aquisição e pela diversificação de riscos que oferece (pois cada ETF conta com diversos ativos em sua composição), têm ganhado a simpatia de muitos investidores pelo mundo. No Brasil, sua história é mais recente, mas, mesmo assim, a tendência é de alta procura e popularização.

Mas o que explica tudo isso? Alguns eventos importantes que têm influenciado a economia mundial desde 2008.

O mundo entrou em uma grande crise no ano de 2008 e os governos reagiram reduzindo muito suas taxas básicas de juros. Isso significa que aplicar em títulos do governo ou em qualquer ativo de renda fixa não tinha atrativo nenhum, já que os juros estavam a praticamente zero! Se quiser saber mais sobre como a política monetária afeta seus investimentos leia o texto sobre o impacto da taxa Selic nos ativos financeiros aqui.

Como reação à crise de 2020-2021 (provocada pela pandemia do novo Coronavírus), os governos, mais uma vez, reduziram os juros e injetaram trilhões em suas economias. Vale lembrar que o total de dólares emitidos pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) saltou de 1,4 trilhão em 2009 para 10 trilhões no fim de 2020!

Como todo esse dinheiro não tem muita perspectiva de rentabilidade se for aplicado somente em renda fixa, os investidores do mundo todo foram buscar novas opções e é aí que entram os ETFs. No Brasil, a situação é semelhante (embora com política monetária bem menos agressiva): com juros a 2% a.a. fica mais interessante buscar outras opções, sobretudo em renda variável.

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Veja o gráfico abaixo:

Repare que na última década o retorno da principal bolsa americana foi muito alto em vários anos? Observando o longo prazo, nota-se que  a média dos retornos desse período ficou em aproximadamente 12%. Imagine quem comprou um ETF atrelado ao índice da S&P 500 em 2009?

É importante que você saiba que no próprio mercado brasileiro você encontra alguns ETFs que contêm ativos do exterior em sua composição. Basta comprar uma cota desse tipo de ETF que a própria gestão do fundo se encarregará de aplicar em ativos estrangeiros. Algumas opções:

ETFs atrelados ao S&P500

Existem dois ETFs que se baseiam no desempenho da principal bolsa de valores do planeta. São eles:

  • IVBB11
  • SPXI11

Outros ETFs estyrangeiros

A globalização é um fenômeno irreversível, então fique atento às opções que vão além dos Estados Unidos. Ásia e Europa também são mercados promissores.

  • GOLD11: replica o índice iShares Gold Trust, que é um índice de desempenho do ouro denominado em dólar.
  • XINA11: replica o índice MSCI China, que congrega um compilado dos principais índices das empresas chinesas mais relevantes.
  • EURP11está atrelado ao índice MSCI Europe, que abrange as empresas mais importantes da Europa.

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Resumindo …

Os ETFs apresentam uma tendência de consolidação nos mercados mundiais e, aqui no Brasil, eles ainda têm muito a crescer. Eles são uma boa opção, pois apresentam custos moderados, facilidade de transação e a opção de diversificação com gestão profissional. Além disso, você pode ver seu dinheiro acompanhando índices internacionais sem sair de casa.

Mas nunca se esqueça de se precaver dos riscos. Adquira vários tipos de ETFs (e também de outros produtos) para diluir possíveis perdas. Outra dica importante é que os ETFs são uma boa opção para aplicações de longo prazo, sobretudo aqueles atrelados à renda variável.

Nunca perca a oportunidade de se informar e se preparar, cada vez mais, para o mundo dos investimentos.

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