Por conter ativos e derivativos da renda variável, a bolsa de valores pode apresentar um comportamento flutuante — ora em alta, ora em queda. Embora muitos busquem o desempenho positivo do mercado, também é válido saber o que fazer diante da bolsa em queda.
Dessa forma, você pode aproveitar o movimento do mercado a favor dos seus objetivos e tentar superar esse momento de maneira mais adequada. Nesse processo, conhecer as oportunidades disponíveis pode ajudá-lo a tomar uma decisão.
Quer entender o que fazer com a queda da bolsa de valores? Descubra se vale a pena investir nesse período e como fazer!
Ao pensar nos movimentos da bolsa de valores, é importante compreender quais são os fatores que podem fazer o mercado subir ou descer. Há diversos aspectos, internos e externos, que afetam a bolsa — e o impacto de cada um depende do momento.
Um aumento na taxa de juros, por exemplo, desestimula o consumo e dificulta o acesso ao crédito, o que pode afetar os negócios. Além disso, a dinâmica torna a renda fixa mais atraente — situação que talvez contribua para fazer a bolsa cair.
A presença de investidores estrangeiros também interfere nos resultados. A bolsa em alta costuma ser sinal de um bom volume de aportes de investidores internacionais — e o contrário é igualmente verdadeiro.
Ou seja, o capital estrangeiro pode ser repelido por riscos econômicos e políticos do Brasil ou por condições mais atraentes em outros países. De qualquer forma, a bolsa de valores tende a refletir o nível de interesse dos investidores estrangeiros.
Além disso, crises econômicas, condições geopolíticas e ciclos da economia podem levar à queda da bolsa e de seus ativos. Como são muitas as condições que causam esse impacto, uma análise geral de mercado pode ajudá-lo a identificar possíveis tendências de comportamento da bolsa.
Em um cenário de queda da bolsa, é preciso avaliar se vale a pena recorrer à compra ou à venda de investimentos — e os efeitos que isso pode ter. Na prática, o cenário em queda pode representar uma oportunidade de pelo fato de os ativos estarem mais baratos.
Parte da queda, normalmente, é reflexo do chamado efeito manada. Ele envolve um comportamento coletivo, em que as decisões de indivíduos são influenciadas pelo comportamento de um grupo. Assim, não indicam necessariamente que os ativos perderam valor.
Na bolsa de valores, o fenômeno ocorre porque muitos investidores decidem vender seus ativos diante do medo de mais queda. Com isso, investidores mais cuidadosos podem aproveitar o movimento descendente, estando preparados para aguardar a recuperação do mercado.
Diante de uma possível recuperação, os ativos tendem a se valorizar novamente. Caso sejam vendidos após esse aumento de preço, existe a chance de obter lucros. Os ganhos serão tão intensos quanto maior for a diferença entre os preços de compra e venda.
Porém, é preciso avaliar com cuidado o cenário, já que nem toda queda de preço será uma oportunidade. Ademais, se você tiver foco no curto prazo, será necessário ter mais conhecimentos e maior disposição de correr riscos. Afinal, a exposição à volatilidade será mais alta.
Caso decida que faz sentido para você investir na bolsa de valores quando ela está em queda, existem oportunidades a considerar.
Uma delas envolve as chamadas operações vendidas — ou venda descoberta. Elas acontecem quando um operador vende ações que não tem na carteira e, após um período, as compra novamente. Se o preço de compra for menor que o de venda, há lucro.
Porém, essas são operações de caráter especulativo, que exigem mais entendimento do mercado para identificar os movimentos. Além disso, os riscos também são maiores, já que o prejuízo é ilimitado, pois a valorização dos papéis pode ocorrer sem limites.
Por outro lado, quem deseja investir no longo prazo pode aproveitar a queda para comprar ativos de interesse mais baratos. Em ações, por exemplo, dependendo das causas da queda na bolsa, é possível participar de negócios relevantes por um preço menor.
Também pode ser interessante pensar em fundos de investimento. Eles funcionam com base na aquisição de cotas. Após a captação de recursos, o gestor escolhe os ativos e realiza as operações conforme a estratégia.
Entre as oportunidades, há os fundos de índice (ETFs) e os fundos imobiliários (FIIs). Ao adquirir ETFs ou FIIs em queda, você pode estar aproveitando oportunidades de valorização futura. Contudo, eles demandam atenção quantos aos riscos, assim como as ações.
Caso deseje recorrer à bolsa em queda para investir, o primeiro passo é identificar seu perfil de investidor. Assim, você reconhece qual é o seu nível de tolerância ao risco e entende que tipo de operação é possível para as suas características.
Também é crucial definir objetivos e, a partir deles, traçar uma estratégia de investimentos. Se o foco for o longo prazo, pode fazer sentido buscar oportunidades descontadas e com potencial de valorização, por exemplo. No curto prazo, a especulação pode ser adequada, mas prevê mais riscos.
Além disso, deve-se manter o controle emocional. Em um momento de queda, é importante saber avaliar a situação e esperar pela recuperação do mercado, se for o caso. Desse modo, há menos chances de realizar prejuízo com uma venda antes da hora.
Para se proteger de riscos, um cuidado interessante em todos os casos é diversificar seus investimentos. Ao investir em um ETF, por exemplo, você já expõe seus recursos a diferentes ativos de uma só vez — diluindo os riscos e aumentando o potencial de ganhos.
»