Originalmente fundada em 1845, a bolsa de valores brasileira passou por reformulações e fusões desde então, sendo rebatizada diversas vezes. Por conta disso, é muito comum que os investidores não saibam o que é a B3. Portanto, desconhecem a história de uma das principais instituições do mercado financeiro do país. Entendê-la, contudo, é essencial se você deseja saber como funciona a compra e venda de ativos e o processamento das operações nos sistemas da companhia. Por isso, neste artigo, você entenderá o que é B3, conhecerá sua trajetória e as negociações que podem ser realizadas em seus ambientes. Ao final, ainda aprenderá como investir na bolsa de valores brasileira. Confira!
A B3 é a atual bolsa de valores, sendo o seu nome uma abreviação para Brasil, Bolsa, Balcão. Ela surgiu oficialmente em 2017 após a fusão entre a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro de São Paulo (BM&FBovespa) e a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). A instituição tem sua sede principal em São Paulo e escritórios no Rio de Janeiro, além de representantes em Londres e Xangai. A empresa é responsável pelas atividades de criação e administração de sistemas de negociação. Ela também se responsabiliza pela compensação, liquidação, depósito e registro das principais classes de ativos do mercado e outros tipos de negociações. Em sua plataforma e site, há ainda a divulgação de informações ao mercado. Uma das funções da bolsa é atuar como contraparte nas operações para assegurar que os investidores possam se desfazer de seus investimentos. Além disso, a B3 oferece produtos e serviços relacionados ao processo de análise e aprovação de crédito em todo o país.
Para entender melhor o que é a B3, vale a pena conhecer sua história. A bolsa de valores brasileira foi criada em 1845, quando surgiu a bolsa do Rio de Janeiro, que concentrava a maior parte do mercado de capitais. Já em 1890, a bolsa de São Paulo iniciou suas operações. Essas eram as duas maiores instituições da época. Isso porque naquele período diversos estados tinham sua própria bolsa — controlada pela secretaria de finanças. No entanto, em 1966, elas passaram a ser organizações autônomas. Ou seja, foram desvinculadas do Governo. Em 1997, a bolsa de São Paulo passou a se chamar Bovespa. E, em 1970, ela começou a ganhar destaque no cenário nacional. Isso depois que a bolsa do Rio de Janeiro perdeu espaço e importância devido a uma crise financeira militar. No ano 2000, as bolsas de valores do Brasil foram integradas. O nome Bovespa foi mantido, já que essa era a principal bolsa na época. Assim, ela passou a concentrar todas as negociações de ações e os títulos públicos — que antes eram movimentados apenas na bolsa do Rio de Janeiro. Em 2005, foi implantada a negociação eletrônica. No ano seguinte, foram extintos os pregões presenciais. Dois anos depois, a Bovespa se tornou uma empresa de capital aberto, com o lançamento das ações (IPO). Em 2008, a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro (BM&F), que era um mercado de negociação de commodities e produtos financeiros formado por duas empresas, se fundiu à Bovespa. Assim, nasceu a BM&FBovespa. Uma nova fusão aconteceu em 2017. Na época, a BM&FBovespa uniu-se à Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP). Nessa operação, surgiu a B3 — a atual bolsa de valores brasileira.
Como você viu, o histórico da B3 conta com sucessivas fusões. Em vista disso, ela atualmente faz o intermédio de diversas negociações importantes no mercado financeiro. Logo, ao contrário do que muitos acreditam, as ações não são os únicos ativos financeiros negociados nela. É possível, por exemplo, fazer investimentos em modalidades como exchange traded funds (ETFs), que também são conhecidos como fundos de índice. Além disso, há fundos imobiliários, BDRs (certificados de ativos internacionais), e outros. Também é possível negociar os chamados derivativos. Por exemplo, contratos a termo, contratos do mercado futuro e opções. Os derivativos podem estar ligados a moedas estrangeiras, índices, commodities agropecuárias, ações. etc.
Depois de conhecer a história da B3 e quais são as negociações feitas a partir de seus investimentos, descubra como fazer investimentos na bolsa de valores brasileira!
Antes de começar a investir na B3, é fundamental que você defina quais são os seus objetivos ao aportar seu dinheiro, pois assim saberá por quanto tempo deve mantê-lo investido. Além disso, também é importante analisar seu perfil de investidor para saber qual sua tolerância ao risco. Lembre-se, ainda, de que as alternativas disponíveis na B3 fazem parte da renda variável — não havendo garantia de resultados positivos. Por isso, podem ser mais adequadas para quem tem maior apetite aos riscos e às oscilações do mercado.
Se você identificou que essa pode ser uma boa oportunidade de investimento, então a próxima etapa é abrir uma conta em uma corretora de valores ou banco de investimentos. É por meio dele que se dá o acesso ao home broker — plataforma que conecta os investidores ao ambiente de negociações da B3.
Após abrir a sua conta em uma instituição, transfira os recursos que deseja investir. Assim, você terá o dinheiro disponível para fazer seus aportes em algumas das opções disponíveis na bolsa brasileira.
O próximo passo é escolher alternativas. Isso deve ser feito baseado na sua aversão ao risco, no grau de volatilidade e no prazo do investimento. Fique atento, em especial, aos maiores riscos envolvidos na bolsa. Para manejá-los, é interessante montar uma carteira diversificada.
Por fim, basta digitar o ticker do ativo de seu interesse no ambiente do home broker, e a quantia desejada. Se for um ETF, por exemplo, informe quantas cotas deseja comprar. Depois envie a ordem de compra. Após a liquidação, em poucos dias úteis, o ativo comporá seu portfólio. Neste conteúdo, você entendeu o que é B3 e conheceu a sua história. Além disso, também descobriu quais são as negociações realizadas na bolsa e aprendeu como começar a investir. Lembre-se de avaliar os detalhes para fazer investimentos conscientes! Quer se manter atualizado sobre o mercado financeiro nacional? Siga-nos nas redes sociais e acompanhe as publicações! Estamos no Facebook, LinkedIn, Instagram, Twitter e YouTube!