Ao investir no mercado financeiro ou procurar alternativas de aportes e conhecimento sobre o assunto, muitos investidores podem se interessar por dolarizar a carteira. Essa é uma prática que pode trazer diversos benefícios. Mas você sabe como ela funciona e como aplicá-la no seu portfólio? Entender como a dolarização acontece, por que utilizar essa estratégia e as alternativas para isso pode ajudar você a verificar se ela faz sentido para seus objetivos. Por isso, continue a leitura! Siga conosco e entenda o significado de dolarizar a carteira, a importância dessa prática e as principais formas de fazer isso. Não perca!
Para entender mais sobre o assunto, é fundamental que você saiba o que é dolarizar a carteira. A dolarização significa expor parte do seu capital a investimentos internacionais vinculados ao dólar. Então essa parcela do seu portfólio de investimentos sofrerá a ação do câmbio e dos movimentos do mercado internacional. Assim, ao dolarizar a carteira é possível não ficar dependente apenas do mercado nacional ou das empresas brasileiras. O que confunde muitos investidores nesse momento é a maneira de colocar a dolarização em prática. Afinal, como se expor a esse mercado? Aqui, vale entender que não é preciso, necessariamente, comprar dólar, ter contas internacionais ou fazer investimentos diretos. Contudo, também é importante ressaltar que a dolarização deve ir ao encontro do seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Ou seja, não deve ser uma prática adotada somente porque você ouviu falar do assunto.
Você já viu que dolarizar a carteira é a prática de expor parte dos seus investimentos ao mercado internacional. Mas qual é o benefício dessa atitude? Entenda a seguir as principais vantagens!
A diversificação é uma estratégia essencial para os investidores e muito defendida por profissionais e grandes investidores do mercado. Diversificar a carteira significa fazer aportes em setores, classes, modalidades e tipos de investimentos diferentes, sempre alinhados ao seu perfil e objetivos. Logo, o capital ficará exposto a mais de um fator de risco e, portanto, não estará sujeito a apenas uma variável. Se você investe somente em um setor e ele tem uma queda brusca, por exemplo, todo capital estará comprometido, certo? Já ao diversificar em outros setores e mercados — especialmente na renda variável, essa queda afetará apenas uma parte do capital. O impacto, portanto, será proporcionalmente menor. Ao mesmo tempo, outras alternativas da carteira podem se valorizar, compensando as eventuais perdas. Para implementar a diversificação é preciso encontrar investimentos descorrelacionados. Portanto, que sejam influenciadas por fatores diferentes. Também é possível optar pela correlação negativa, que ocorre quando os comportamentos dos investimentos são opostos. O dólar é um exemplo que pode ter correlação negativa com a bolsa de valores brasileira. Historicamente, quando a bolsa brasileira se desvaloriza, o dólar costuma se valorizar, pois a oferta da moeda diminui. Ao contrário, com alta da bolsa, mais moeda estrangeira entra no Brasil, o que aumenta a oferta e diminui a cotação. Assim, diversificar dessa forma pode ajudar você a equilibrar a carteira.
O dólar é considerado uma moeda forte mundialmente. Isso significa que sua cotação — assim como a economia americana — influenciam outros mercados. Por outro lado, o real e a economia brasileira não têm tanta relevância internacional. Suas movimentações, portanto, afetam apenas o mercado interno. Por isso, o dólar também é utilizado como uma proteção contra crises brasileiras. Como você viu, ele pode ter correlação negativa com o mercado de capital do nosso país. Assim, pode servir para manter um balanceamento dos resultados da carteira em períodos de instabilidade econômica.
Depois de conhecer todos esses detalhes você ficou interessado em dolarizar a carteira? Então primeiro é preciso lembrar que a dolarização deve ser sempre alinhada ao seu perfil e seus objetivos financeiros. Na verdade, essas características devem ser consideradas ao fazer qualquer aporte. Em especial, em investimentos internacionais — já que a dolarização visa o investimento em alternativas atreladas ao mercado estrangeiro. Logo, você deve conferir se tem perfil de risco para se expor a outros países. Ademais, entenda qual é objetivo ao dolarizar a carteira e avalie se a estratégia pode ser adequada para você. Também é preciso conhecer as principais formas de colocar essa estratégia em prática. Veja só:
O investimento direto exige que o investidor abra uma conta em uma instituição financeira internacional e transfira recursos. Assim, é preciso realizar o câmbio para dólar e acessar os investimentos do respectivo mercado. Como essa alternativa pode trazer burocracia e custos elevados, costuma não ser acessível a pequenos investidores. Ademais, não traz praticidade para quem busca mais tranquilidade ao investir.
Os BDRS são os brazilian depositary receipts. Esses certificados de depósito de valores mobiliários são investimentos disponíveis na bolsa de valores brasileira e representam ativos do exterior. Por exemplo, ações, títulos de renda fixa e cotas de fundos internacionais. Dessa maneira, ao investir em BDR, o investidor não está comprando diretamente o ativo, mas sim um certificado que o representa. Apesar de a praticidade ser maior do que no investimento direto, a liquidez dos BDRs costuma ser limitada — tornando difícil o resgate em alguns momentos.
A sigla ETF significa exchange traded funds, que são os fundos de índice no Brasil. Eles funcionam como fundos de investimento. Logo, é uma forma de investir coletivamente, se expondo a uma carteira administrada por um gestor profissional. A alternativa traz praticidade para o investidor. O objetivo dos ETFs é replicar os resultados de um determinado índice financeiro. Dessa maneira, o gestor comporá o portfólio com ativos ou títulos ligados à carteira teórica do indicador estabelecido, de forma proporcional. O índice pode ser ligado a diversos mercados, inclusive internacionais. Por isso, é possível encontrar ETFs que replicam indicadores das bolsas de valores americanas, europeias, mercados asiáticos etc. Consequentemente, eles podem ser usados para dolarizar a carteira. ETFs tendem a ser uma maneira simples de dolarizar seu portfólio e equilibrar os riscos da carteira. E, como você viu, as cotas estão disponíveis na bolsa de valores brasileira e têm maior liquidez que BDRs. Outra vantagem é a diversificação, já que você não se expõe apenas a um ativo, mas a um conjunto deles.
Percebeu por que é importante dolarizar seus investimentos e entendeu as alternativas para alcançar essa meta? Então não esqueça de contar com boas gestoras de ETFs para encontrar opções que fazem sentido para seus objetivos e perfil! Quer saber mais sobre os fundos de índice e como eles podem ajudar a dolarizar sua carteira? Entre em contato conosco!