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Como comprar ações na bolsa de valores?

Henrique Pavan / 20/11/2020 / Finanças Pessoais, Mercado Financeiro

20 nov

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3MIN DE LEITURA

Por Henrique Pavan

Como comprar ações na bolsa de valores?

Basicamente, as ações são frações mínimas do capital de empresas que dão a seu possuidor as possibilidades de valorização do ativo e do recebimento de dividendos. Ao possuir uma ação, você passa a ser dono de uma parte da companhia, significando que você ganha se ela ganha e perde se ela perde. As ações fazem parte dos ativos de renda variável, já que seu retorno não é previsível e apresentam riscos associados ao ritmo dos negócios. Por isso, é sempre bom lembrar que é preciso ser criterioso na escolha de ações para sua carteira. Também é preciso traçar estratégias de prazos mais longos já que, muitas vezes, as ações apresentam tendências de alta ao longo de vários anos.

Fundos de ações e ETFs

Embora o objetivo deste texto seja explicar o passo-a-passo da compra de ações avulsas, é sempre importante relembrar que é possível adquirí-las de maneira indireta. Os fundos de ações e os ETFs (Exchange Traded Funds) são opções mais simplificadas para se obter ações, já que você não terá o trabalho de buscá-las sozinho. Pelo contrário: basta comprar cotas de um desses tipos de fundos que seus gestores alocarão seu dinheiro de maneira a buscar a melhor rentabilidade possível. É uma forma de “terceirizar” a compra de ações.

Montando uma carteira de ações

Mas suponhamos que você não queira investir em fundos e que queira navegar sozinho pelo mercado de ações. Para isso a primeira recomendação é: diversifique! Há ações de diversos setores e empresas, com oscilações e trajetórias distintas. Existem aquelas consideradas defensivas que oscilam menos ao longo do tempo e outras mais arriscadas, que apresentam maior variabilidade em seus retornos ao longo do tempo. Uma boa estratégia de diversificação pode diluir os riscos pelos diversos ativos e ao longo do tempo de aplicação também. Além disso, é sempre recomendável começar aos poucos, comprando pequenas quantidades enquanto você vai aprendendo e pegando o gosto pelo mundo do mercado de capitais. Se não der certo por algum motivo, pelo menos você terá investido – e perdido – pouco de início.

Vantagens em montar carteira própria

A principal vantagem que você terá ao montar sua própria carteira de ações será a liberdade em escolher os ativos, os valores e os prazos de investimento. Ou seja, se você conhecer bem seu próprio perfil de investidor (metas, grau de preferência pelo risco etc.) saberá muito bem como distribuir suas aplicações. Outra vantagem é o aprendizado que isso vai te trazer. Encare isso como um processo educacional. Estude e analise antes e durante o processo do investimento. Isso te prepara cada vez mais para realizar aplicações mais equilibradas.

Mas há também algumas desvantagens

O risco da renda variável é sempre algo que você deve ponderar. Além disso, operar individualmente no mercado de ações também apresenta maior risco do que optar por fundos de investimento. Outro problema pode ser os custo de toda a operação. É bom saber que as compras e vendas de ações serão feitas através de uma instituição financeira e que, com certeza, você terá que pagar por esse serviço.

Vamos falar de custos

As instituições financeiras precisam ser remuneradas pelos serviços que elas prestam. Assim sendo, você provavelmente irá se deparar com os seguintes custos, todos eles cobrados por tais instituições:

  • Taxa de corretagem: valor que as corretoras cobram nos processos de compra e venda de ativos;
  • Taxa de custódia: serviço que equivale à guarda (ou armazenagem) de ativos, algo que é mais fácil de entender em um mundo de objetos materiais. De qualquer maneira muitas corretoras não o cobram.
  • Taxas de emolumentos: é uma taxa cobrada pela bolsa de valores sobre as transações de compra e venda de ações.

Agora, que você já sabe sobre os custos, tenha em mente que é necessário inseri-los em seus cálculos de rentabilidade. Em outras palavras, adote estratégias que possibilitem que os retornos superem as despesas. Para isso, a escolha de uma boa corretora é um passo essencial neste processo.

Abra uma conta em uma corretora

O primeiro passo para iniciar sua caçada pelas ações é abrir uma conta em uma corretora. Você precisará de um intermediário – neste caso, uma instituição financeira – para operar nesse mercado. As corretoras são instituições especializadas na compra e venda de ativos, gestão de carteiras e orientações sobre o mercado financeiro. Diferentemente dos bancos, elas não operam com criação de depósitos, contas e empréstimos, cabendo a elas captar poupanças do público e aplicá-las em ativos diversos, entre eles as ações. Em geral, as corretoras são seguras e bem reguladas, mas é sempre bom escolher uma que seja reconhecida e que não cobre taxas muito caras. Por sinal, os bancos também possuem suas corretoras, mas geralmente cobram taxas superiores e dão ênfase em vender seus próprios produtos como CDBs e outros títulos.

Transfira o dinheiro para sua corretora

Essa parte é muito fácil. Se você já sabe qual valor pretende investir, basta fazer uma transferência da sua conta bancária para a corretora. A partir daí, você terá disponibilidade de recursos no Home Broker para começar a operar. O Home Broker é uma plataforma que as corretoras disponibilizam para que você possa comprar ações no mercado. Basta um login e você encontrará muitas informações sobre ações, cotações, gráficos, quantidades etc. Todas as ordens de compra e venda são feitas dentro da plataforma, tudo rápido, prático e online. Ali dentro você pode escolher quando comprar ou vender, a quantidade de ativos em cada transação, verificar a trajetória das ações de seu interesse, entre outras informações.

Estude, analise, informe-se

Utilize-se dos recursos da corretora e das melhores informações disponíveis. O mercado de ações é promissor e deve fazer cada vez mais parte da vida dos brasileiros.


Henrique Pavan

Professor de Economia, com 10 anos de experiência em graduação e pós. Produtor de conteúdo nas áreas de finanças e economia. Possui doutorado pela UFABC, no qual pesquisou temas como moedas socais, inclusão financeira e a relação entre moeda/sistema financeiro com o desenvolvimento local.

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