IPO é a sigla para Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial. É uma maneira das empresas levantarem recursos para financiar ou expandir seus negócios. As companhias podem emitir ações ou dívidas ao longo de seu ciclo de vida, sendo que o IPO é a primeira vez que uma empresa vende suas ações ao público geral, por isso é frequentemente descrito como a “abertura de capital”.
As vantagens da abertura de capital vão além de se utilizar os recursos oriundos do IPO, estão na facilidade da empresa (após o IPO) de buscar por novos empréstimos, emitir novos títulos de dívida e, até mesmo, emitir novas ações, que agora não serão mais chamadas de IPO, mas de “Folow-on” pois não é mais a primeira vez que a empresa emite ações.
Essas vantagens ocorrem pois, quando uma empresa realiza um IPO ela aumenta suas opções de financiamento e fica com mais acesso à liquidez do mercado, como descrito anteriormente. Abrir o capital significa que a empresa já adquiriu certo porte e está disposta a divulgar seus resultados com alto grau de transparência. Quanto mais transparência, mais facilmente os agentes financeiros colocam recursos na empresa.
Para investir em IPO é necessário que seja analisada a situação financeira da empresa, bem como, do mercado e da concorrência. Isso pode ser feito por meio da leitura do prospecto da empresa. Muitos investidores fazem isso e entram cedo na “fila do IPO” (período de reserva) para comprar as ações e vendê-las assim que se valorizam. Por isso da importância de conhecer bastante o mercado antes de investir.
Normalmente, o investidor é informado pela própria corretora sobre os IPOs previstos. Se houver interesse em participar, ele precisa se manifestar dentro do período de reserva. O valor inicial da ação é estipulado dentro de uma faixa de preço. Se a demanda for alta, o preço provavelmente será o “teto” da faixa, se a demanda for baixa, será o “piso”. Há casos nos quais a demanda é tão alta que, além de atingir o “teto”, ocorre também o rateiro entre os interessados, ou seja, o investidor não consegue reservar 100% do valor que gostaria. Já houve casos em que o investidor conseguiu reservar apenas 3% do desejado.
Investir em IPO pode ser uma vantagem interessante ao investidor, ainda mais se o papel se valorizar, mas é difícil saber isso. É preciso estudar muito a empresa e acreditar que ela ou seu setor terão um bom desempenho no futuro.
Um problema recorrente é justamente a falta de um histórico das ações da empresa e análises de bancos, corretoras e consultorias, por motivos óbvios. Isso faz com que muitos investidores iniciantes acabem evitando os IPOs e prefiram comprar ações já existentes, ou seja, no mercado secundário. É importante estudar e analisar a empresa, o mercado e o setor de atuação, bem como, diversificar os investimentos.
Mas se os IPOs exigem muito estudo e análise do setor de atuação, há outras opções interessantes quando se trata de procurar ações no mercado sem ter que estudar as empresas individualmente, como os ETFs*. Eles permitem que o investidor adquira cotas e fique exposto a uma série de empresas diferentes (dentro de um mesmo setor, por exemplo), o que é mais prático e seguro. O ETF é uma excelente oportunidade para investir em um grupo de empresas sólidas e em constante crescimento, mesmo que o investidor não tenha profundo conhecimento sobre análises e balanços.
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