Analisar o perfil de investidor antes de tomar decisões no mercado financeiro é essencial para fazer escolhas adequadas às suas características. Antes de investir em ETFs, portanto, é preciso considerar essa avaliação para ter a certeza de que o fundo é adequado para a sua carteira. Nesse processo decisório, você também deverá conhecer as particularidades dos ETFs e como eles podem se comportar na carteira. Desse modo, é possível definir se vale a pena comprar as cotas desses veículos. A seguir, você descobrirá qual perfil de investidor pode estar alinhado aos ETFs e o que é preciso considerar para analisar a alternativa. Confira!
Para começar a entender esse assunto, vale saber que os exchange traded funds (ETFs) também são conhecidos como fundos de índice. Logo, eles são veículos financeiros coletivos, cuja participação depende da aquisição de cotas. Além disso, os recursos são movimentados por um gestor financeiro — que deve fazer a alocação segundo a estratégia do fundo. No caso dos ETFs, a estratégia consiste em replicar a carteira teórica de um índice de mercado. Portanto, os ETFs apresentam uma gestão passiva. Nesse caso, a compra e a venda de ativos ocorrem com base nas mudanças relacionadas ao indicador financeiro. Vale notar que, além de índices nacionais, existem ETFs expostos a indicadores internacionais. É o caso de um ETF composto por ações dos Estados Unidos, por exemplo. Logo, os ETFs permitem investir com foco nacional ou com exposição ao exterior.
Após saber o que são os ETFs, é necessário compreender os riscos que ele oferece. Assim, é possível avaliar se essa alternativa pode funcionar para o seu perfil de investidor. Primeiramente, é preciso ter em mente que as cotas do ETF são negociadas na B3, que é a bolsa de valores brasileira. Por um lado, isso traz praticidade para o investimento, que ocorre de modo semelhante à compra de ações. Porém, essa característica também expõe o ETF aos riscos de mercado. Logo, o desempenho do investimento depende dos ativos do portfólio e do comportamento da bolsa. De acordo com a relação entre oferta e procura, portanto, as cotas podem se valorizar ou se desvalorizar com o tempo. Por outro lado, o risco de liquidez desse tipo de investimento tende a ser menor. Afinal, a negociação na bolsa de valores torna o processo mais fácil, caso você queira se desfazer do investimento e converter as cotas em dinheiro. Ainda, vale saber que investir em ETFs pode ajudar a mitigar os riscos do seu portfólio de investimentos. Em primeiro lugar, isso se deve ao fato de a gestão desse fundo ser passiva. Como o objetivo é obter um resultado equivalente à média do mercado — em vez de superar a performance —, são necessárias menos operações. Com isso, a exposição à volatilidade e ao risco costuma ser menor que em fundos de gestão ativa. Outro motivo para a diminuição de risco envolve a diversificação de investimento. Ao escolher um ETF, você expõe seu capital a uma carteira completa. Com os ETFs globais, é possível diversificar ainda mais o seu portfólio. Afinal, essa é uma forma de se expor ao mercado internacional e evitar o risco de ser afetado apenas pelas condições do mercado brasileiro.
Agora que você conhece o funcionamento e os riscos dos ETFs, é interessante entender como ele se relaciona a cada perfil de investidor. Essa é uma classificação que depende do nível de tolerância ao risco no mercado financeiro. Então considerar o perfil ajuda o investidor a compor uma carteira que esteja alinhada à sua tolerância ao risco —especialmente relacionados à volatilidade e à possibilidade de perda. Nesse sentido, há três classificações principais. Veja quais são:
Nesse contexto, o ETF tende a estar mais alinhado com investidores moderados e arrojados. Afinal, sendo um investimento de renda variável negociado em bolsa de valores, ele envolve um nível de risco mais elevado. Porém, esse tipo de fundo não deve ser, necessariamente, descartado por investidores conservadores. Se uma pessoa tem baixa tolerância ao risco apenas por ser iniciante, por exemplo, o ETF pode ajudar a compor o portfólio, devido à praticidade de investimento. Além disso, ele pode fazer sentido para uma carteira conservadora considerando a necessidade de diversificação. Ao escolher um ETF com riscos mais diluídos, ele pode representar uma parte menor do portfólio — sem deixar de auxiliar a diversificar os riscos. Ademais, existem os ETFs focados na renda fixa.
Como você viu, o ETF pode ser mais adequado para investidores com tolerância mais elevada aos riscos. Em menor grau, no entanto, ele pode ajudar a diversificar uma porção reduzida de uma carteira conservadora. Contudo, embora essa seja uma análise importante, não é a única que deve ser considerada pelo investidor na tomada de decisão. Portanto, antes de escolher o investimento em ETF, você deve pensar também em outros aspectos relevantes. Um desses elementos é o seu objetivo financeiro com esse aporte. O ETF tende a estar mais alinhado com o médio e longo prazo. Assim, os investimentos podem passar por um processo de maturação e há uma diluição dos riscos gerados pelas oscilações de preços das cotas. Ainda, é preciso considerar as características do ETF de seu interesse. E aproveite para observar também a sua estratégia de investimentos e a composição do seu portfólio. Assim, você poderá tomar uma decisão que faça sentido para as suas necessidades e expectativas. Como você acompanhou, o investimento em ETF pode estar mais alinhado com um perfil de investidor moderado ou arrojado. Porém, algumas carteiras conservadoras comportam esse tipo de aporte. Então avalie essa e outras características para fazer a escolha mais adequada para você! Essas informações foram úteis? Se quiser ter opções de fundos de índice globais para investir, conheça os ETFs da Investo!