O mercado financeiro conta com diferentes opções para todos os objetivos e tipos de perfis. Investir em ETF, por exemplo, é uma das alternativas, sendo um investimento relacionado aos resultados de índices de mercado.
Depois de surgirem nos Estados Unidos, no final da década de 1970, esses fundos chegaram ao Brasil após os anos 2000. Nos últimos tempos, o investimento tem ganhado popularidade e chamado a atenção de muitos investidores.
Neste conteúdo, você conhecerá 7 motivos pelos quais seu cliente poderia se interessar em começar a investir em ETF.
O ETF (exchange traded fund) é um tipo de fundo de investimento. Trata-se de um veículo de investimento coletivo que reúne o capital de diversos investidores. Para participar dos resultados desse tipo de fundo, é preciso adquirir cotas de participação no mercado.
Então, em vez de realizar movimentações individuais no mercado financeiro, o cotista passa essa função à gestão do fundo. Nesse caso, as operações são executadas conforme a estratégia determinada no regulamento.
Nos ETFs, o objetivo é replicar o desempenho do índice de referência, conhecido como benchmark. Isso é feito investindo nos mesmos ativos que compõem a carteira teórica do índice de referência.
Por exemplo, um ETF que segue o Ibovespa incluirá em seu portfólio as mesmas ações que estão no índice. Existem também os ETFs que adotam estratégias alternativas, como investir em cotas de outros ETFs para acompanhar o desempenho do índice. Aqui, eles são conhecidos como fundos espelho.
Vale destacar que as cotas de ETFs são negociadas na bolsa de valores, assim como acontece com as ações de empresas de capital aberto, proporcionando aos investidores praticidade na negociação.
Outra característica importante é que cada ETF é identificado por um ticker, que é o código utilizado para encontrá-los na bolsa de valores. Na B3, o ticker dos ETFs é composto por quatro letras seguidas do número 11. Um exemplo é o BOVA11, que representa o iShares Ibovespa Fundo de Índice.
1. Grande quantidade de ETFs disponíveis na B3
Um dos principais motivos para começar a investir em ETFs é a grande quantidade de opções disponíveis na B3. Até julho de 2024, existiam cerca de 75 fundos de índice listados, oferecendo diversas escolhas para atender às diferentes estratégias e objetivos dos investidores.
Além das opções já existentes, podem surgir novas oportunidades no mercado financeiro, então vale acompanhar os novos lançamentos. Assim, você tem a chance de aproveitar os fundos de índice disponíveis, investindo nas alternativas que fizerem mais sentido para a sua estratégia.
2. Praticidade para investir
Outra razão para investir em ETFs é a praticidade. A razão é que a gestão é feita por profissionais, como você viu. Nesse caso, o foco é o investimento em cestas pré-selecionadas de ativos, que formam os índices de mercado.
Desse modo, o ETF tende a ser interessante tanto para investidores iniciantes quanto para quem tem maior experiência. O fundo costuma ser uma alternativa para quem não deseja dedicar tanto tempo na análise e alocação de ativos.
Ademais, esse tipo de investimento permite que mesmo investidores com pouco capital possam se expor a uma variedade de ativos. Com uma pequena quantia, é possível adquirir cotas de um ETF e participar dos resultados do fundo.
3. Custos mais baixos
Outra razão para investir em um ETF é em relação aos custos mais baixos. Esse tipo de investimento cobra uma taxa de administração para custear as operações e remunerar a equipe responsável.
No entanto, por serem fundos de gestão passiva, essas taxas tendem a ser mais baixas do que as dos fundos de gestão ativa. Afinal, o portfólio de ETFs não sofre movimentações frequentes e a gestão apenas acompanha o índice de mercado, o que reduz os custos operacionais.
Além disso, como a taxa de administração é cobrada sobre o patrimônio investido, o percentual mais baixo beneficia o investidor. Já a taxa de performance, comum em fundos de gestão ativa para recompensar o gestor pelo desempenho acima do benchmark, não é cobrada em ETFs.
4. Liquidez
A liquidez representa a facilidade de converter o investimento em dinheiro. Como os ETFs são negociados na bolsa de valores, os investidores podem vender e comprar cotas a qualquer momento, durante os pregões.
No entanto, diferentes fatores influenciam a facilidade e velocidade de converter uma cota em dinheiro novamente. Um deles é a oferta e a demanda dos ETFs no mercado. Esse processo impacta diretamente a liquidez desses investimentos.
Quando há muitos investidores interessados em comprar ou vender cotas de um ETF específico, a liquidez tende a ser alta. Por exemplo, um ETF que segue um índice de grandes empresas, conhecidas como blue chips, podem ter maior liquidez.
Isso ocorre porque essas companhias são mais atrativas para muitos investidores, o que resulta em um volume maior de negociações. Ademais, a liquidez dos ETFs não depende somente do número que você observa na tela de volume diário de negociações.
Ela também é reforçada pela presença do formador de mercado. Esse profissional é contratado para garantir uma oferta mínima de compra e venda das cotas dos ETFs negociados na B3.
5. Exposição internacional
A grande variedade de ETFs disponíveis na B3 permite que, entre outras alternativas, investimento em mercados externos. É o que acontece com os fundos que replicam índices internacionais, sendo baseados em ativos de outros mercados e economias.
Com o USTK11, por exemplo, seu cliente investe nas principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Já o ALUG11 permite exposição a empresas do segmento imobiliário, que são conhecidas como real estate investment trusts (REITs).
O WRLD11 é composto por mais de 9 mil ativos globais, envolvendo economias desenvolvidas e emergentes. Mais uma possibilidade é o JOGO11, que expõe o capital a empreendimentos mundiais relacionados ao segmento de games.
Para ter uma ideia, veja as principais empresas e a composição geográfica que fazem parte do JOGO11, um dos ETFs da Investo disponíveis!
Portanto, você pode dolarizar parte da carteira e expor o capital a companhias estrangeiras por meio de fundos de índice brasileiros. Outro ponto relevante é a possibilidade de se expor aos resultados de empresas que não estão disponíveis no mercado nacional.
6. Diversificação da carteira de investimentos
O investimento em ETFs, de modo geral, ajuda a diversificar o portfólio. Ao investir em um fundo de índice do mercado acionário, o investidor não adquire apenas a ação de uma única empresa, por exemplo, mas sim, uma carteira que inclui diferentes tipos de ativos.
Isso permite que, com apenas um aporte, seu cliente acesse um portfólio diversificado, ajudando a equilibrar os riscos dos investimentos. Tenha em mente que, quando se investe em uma variedade de alternativas, a performance negativa de algumas pode ser compensada pelos ganhos de outras.
Além disso, o próprio fundo é responsável pelo rebalanceamento automático da carteira, de acordo com critérios objetivos definidos pelo índice de referência. Então seu cliente não precisa se preocupar com a gestão dos ativos dentro do ETF.
7. Acompanha a média do mercado
Os ETFs são fundos de investimentos com gestão passiva. Nesse caso, o objetivo é acompanhar um índice de referência, como você viu, sem superá-lo. Por outro lado, uma gestão ativa tem como foco superar o desempenho médio do mercado.
Para alcançar esse objetivo, o gestor realiza mais operações ao longo do tempo a fim de explorar oportunidades para melhorar os resultados e proteger o portfólio contra possíveis ameaças. Assim, o profissional precisa tomar mais decisões.
Nesse caso, ele pode estar sujeito a vieses comportamentais ou erros. Por essa razão, a gestão ativa costuma oferecer maiores riscos e, muitas vezes, gerar resultados abaixo da média do mercado. Isso ocorre principalmente em períodos de alta volatilidade.
Portanto, mesmo gestores com experiência em superar o mercado poderão ter um desempenho inferior. Assim, os resultados podem ficar abaixo da média, ainda que por um curto período. Por esse motivo, a superação do mercado em prazos maiores não é tarefa simples.
Inclusive, 90% dos fundos de gestão ativa não conseguem bater os índices (benchmarks) no longo prazo. Ou seja, manter um desempenho acima da média é bastante complexo e o objetivo não costuma ser conquistado pelos fundos ativos de maneira consistente.
Nesse contexto, a gestão passiva pode entregar uma performance superior quando comparada à tradicional gestão ativa. Isso pode garantir retornos sólidos no longo prazo com menos risco e mais tranquilidade.
Confira o passo a passo, a seguir!
Defina os seus objetivos
O primeiro passo para investir em um ETF é definir seus objetivos do cliente. Esse fator ajuda a avaliar se o investimento analisado poderá entregar os resultados desejados. Ademais, determine o montante que ele está disposto a aportar e o prazo para alcançar as metas.
Ainda, não deixe de avaliar a sua tolerância ao risco, que é a capacidade de lidar com as flutuações e incertezas do mercado. Esses passos são importantes para garantir que você escolha investimentos que estejam alinhados com os objetivos e o perfil dele.
Abra uma conta em uma instituição financeira
Como você entendeu, as cotas dos ETFs são encontradas na B3. Nesse sentido, para acessá-las, é necessário abrir uma conta em uma corretora de valores ou banco de investimentos. Na plataforma da instituição, é possível negociar ativos disponíveis no mercado.
Uma das plataformas é o home broker, que capacita o investidor a gerenciar as suas operações de forma independente. Com ele, é possível lançar ordens de compra e venda diretamente no mercado, garantindo total controle sobre os seus investimentos.
Além disso, a abertura de conta em uma corretora confiável garante que ele terá acesso a informações, recursos atualizados e suporte qualificado.
Realize a compra de suas cotas
Depois de abrir uma conta em uma corretora de valores e acessar a plataforma de negociação, ele estará pronto para realizar a compra de cotas de ETFs. O processo é simples e direto.
Primeiramente, ele deve utilizar o home broker da corretora. No campo de busca, digitar o código de negociação (ticker) do ETF que deseja comprar. Ele é composto por quatro letras seguidas do número 11, como:
No entanto, é importante ter atenção, já que nem todos os ativos com final 11 são ETFs. Logo, verifique essa informação antes de prosseguir. Após localizar o ticker desejado, ele deve informar a quantidade de cotas que pretende adquirir e o preço que está disposto a pagar por elas.
Em seguida, clicar no botão “Comprar” e digitar a senha para confirmar a ordem de compra. Se houver uma contraparte disposta a vender as cotas nas condições especificadas, a transação será realizada. A B3 processa e liquida a operação em poucos dias, adicionando as cotas adquiridas à carteira de investimentos.
Se o seu cliente decidiu que deseja investir em ETF, vale a pena saber quais são as opções disponíveis na bolsa de valores. No site da B3, é possível encontrar fundos focados na renda fixa e na renda variável. Ainda, há opções setoriais, temáticas e voltadas para o mercado internacional.
Agora, você conhece os 7 principais motivos pelos quais seu cliente poderia querer começar a investir em ETFs. Dessa forma, é possível aproveitar essa alternativa do mercado financeiro a favor dos objetivos. Gostou do post e tem interesse em saber mais sobre os fundos de índice? Então entre no site e conheça os ETFs da Investo!