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Por que é importante investir na economia global em um contexto de inflação?

Investir na economia global pode ser uma saída interessante para proteger o seu capital em um contexto de inflação alta. Saiba mais sobre o assunto!

28 out 2021

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3 MIN DE LEITURA

Por Equipe Investo

A inflação alta costuma gerar incertezas relevantes na economia de um país. Afinal, ela tende a desestimular o consumo e pode prejudicar o crescimento econômico. Nesse sentido, é importante ter estratégias para proteger o seu capital da perda do poder de compra ao longo do tempo. Uma das principais práticas que podem ser usadas é a diversificação dos investimentos com ativos no exterior. As possibilidades para investir internacionalmente vêm crescendo e expandindo o acesso aos investidores, com alternativas para diferentes perfis e objetivos. Neste artigo, você entenderá a importância de investir na economia global em um contexto de inflação. Não perca!

 

Quais aspectos podem impactar um investimento?

Existem diversos fatores que podem impactar o desempenho dos investimentos. Assim, é fundamental conhecê-los para criar uma estratégia sólida no momento de realizar os seus aportes. Confira os principais aspectos que devem ser observados:

 

Inflação

A inflação afeta o poder de compra, fazendo com que o dinheiro perca valor ao longo do tempo. Quanto maior é o índice inflacionário, mais significativa é essa desvalorização. Logo, a rentabilidade real dos investimentos também é afetada. Esse retorno é dado pelos ganhos nominais, descontando o impacto da inflação. Portanto, ele demonstra se houve um aumento real do patrimônio, considerando a perda no poder de compra. Em um cenário de inflação elevada, os investimentos precisarão ter resultados melhores para compensá-la. Caso contrário, o retorno real pode ser, até mesmo, negativo. Isso significa que o patrimônio não teve avanço real e consolidou uma perda de valor. Também vale ressaltar que o impacto inflacionário pode ocorrer tanto na renda fixa quanto na renda variável.

Selic

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Com isso, ela se relaciona ao desempenho econômico do país e também tem grande impacto nos investimentos. Ter uma taxa alta, por exemplo, pode ser interessante para as aplicações de renda fixa. Nesse cenário, as alternativas dessa classe se tornam mais rentáveis e costumam ficar mais atrativas. Então, títulos públicos e privados podem ser favorecidos por esse movimento na Selic. Consequentemente, a renda variável pode se tornar menos interessante para os investidores. Já a taxa Selic baixa pode favorecer o cenário contrário. Como há incentivo à economia, o crescimento das empresas pode acelerar, de forma que a redução da taxa tende a melhorar o desempenho do mercado acionário.

Risco de mercado

O risco de mercado, por sua vez, está relacionado a aspectos macroeconômicos. Por isso, ele afeta todos os tipos de investimento, seja em maior ou menor escala. As oscilações econômicas afetam principalmente a rentabilidade dos investimentos. Isso porque esse tipo de risco provoca variações nas taxas, nos índices e nos preços dos ativos, dependendo do cenário econômico. Ainda, é importante ter em mente alguns fatores, como política monetária, crises econômicas, inflação, variações do câmbio etc. Dessa forma, o risco de mercado pode estar relacionado às reações da economia diante de grandes eventos — como aconteceu com a pandemia de covid-19 em 2020. Por esse motivo, trata-se de um tipo de risco sistemático.

 

Por que diversificar os investimentos em um cenário de inflação alta?

Como você viu, a inflação alta pode minar a rentabilidade real dos seus investimentos. Desse modo, é fundamental ter atenção à sua estratégia, visando escolher alternativas que permitam alcançar uma performance que supere a inflação. Uma das formas de fazer isso é focando na diversificação. Alocar o seu capital em diferentes classes de investimentos, mercados e setores, por exemplo, ajuda a diluir os riscos. Ademais, pode ajudar a melhorar o desempenho da carteira. Também é importante pensar na situação oposta. A concentração de investimentos que contam com os mesmos riscos aumenta o perigo da carteira. Por isso, pode ser interessante optar pela exposição a outras economias. Portanto, torna-se mais fácil proteger seu patrimônio e equilibrar os riscos.

 

Quais as vantagens de investir em outras economias?

Em um cenário de inflação alta, os investimentos internacionais se tornam mais populares. No entanto, muitos investidores ainda não conhecem as vantagens dessa alternativa. Primeiro, é importante pensar que o mercado financeiro interno é descorrelacionado do externo. Assim, é possível aproveitar essa característica para proteger sua carteira contra as oscilações da economia nacional. Ademais, o dólar e o mercado acionário brasileiro tendem a ter uma correlação negativa. Então, quando a bolsa de valores passa por uma queda, o dólar pode subir.  Além disso, as empresas de outras regiões do mundo podem estar localizadas em economias que favorecem o desenvolvimento. Dessa forma, o investidor pode encontrar companhias estrangeiras com alto potencial de valorização. Isso reflete na maior possibilidade de ganhos ao longo do tempo e ajuda a se proteger da perda de valor do dinheiro causado pelo aumento da inflação.

 

Como se expor ao mercado internacional sem sair do Brasil?

Após aprender os benefícios de investir na economia global, é importante saber como colocar a estratégia em prática. Entre as possibilidades, vale destacar os ETFs — uma das principais alternativas para se expor ao mercado internacional sem sair do Brasil.  A sigla significa exchange traded funds — ou fundos de índice. A sua estratégia consiste em espelhar a carteira teórica de índices do mercado financeiro. Se você deseja acompanhar a variação do Ibovespa, por exemplo, pode buscar um ETF que seja atrelado ao IBOV. Também é possível investir em fundos de índice que acompanhem indicadores internacionais, como o S&P500, dos Estados Unidos. Nesse caso, o fundo espelha o desempenho das 500 ações mais negociadas nas bolsas de valores norte-americanas. Porém, esses são apenas alguns exemplos: é possível investir em outros exchange traded funds vinculados a índices internacionais.

Na prática, os ETFs alocam seus recursos nas empresas que compõem o índice, respeitando a participação de cada uma.  Uma das vantagens dessa alternativa é que até mesmo as cotas de ETFs que acompanham índices internacionais são negociadas na bolsa de valores brasileira. Além disso, o investimento é feito em reais — e não é necessário se preocupar com remessas de câmbio. Outra vantagem dos ETFs é serem acessíveis, pois são abertos a qualquer investidor. Eles também contam com gestão passiva, o que tende a resultar em taxas menores. Então esses fundos permitem investir no exterior indiretamente, de forma diversificada e com maior praticidade.

Agora você sabe a importância de investir na economia global em um contexto de inflação elevada. Avalie esses efeitos nos resultados do seu portfólio —e considere compor uma carteira diversificada. E não esqueça de identificar seu perfil de investidor e seus objetivos. Se interessou pela possibilidade de fazer investimentos internacionais? Então descubra por que e como investir no exterior!